A embarcação "Vila do Infante" foi detida pelas autoridades fiscalizadoras da pesca em França, no Porto de Lorient, "devido à falta de registo" de 18.000 quilogramas de atum-rabilho e tubarão sardo (espécie proibida) que se encontravam a bordo.
"Eles reconheceram o erro, pagaram o que tinham a pagar e já foram libertados. O que demorou mais tempo foi fazer a descarga de todo o pescado para se deixar em terra o que era das espécies protegidas e depois tornar a embarcar o restante", disse à Lusa a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
A governante falava durante a sessão de apresentação do projeto "A Pesca por um Mar sem Lixo", que decorreu esta tarde no Porto de Pesca Costeira de Aveiro, em Ílhavo.
Ana Paula Vitorino realçou que se trata de uma "infração grave", porque "fazer capturas de uma espécie protegida não pode ser feito em França, nem em Portugal, nem em sítio nenhum", mas mostrou-se convicta de que este caso não afetou a imagem dos pescadores portugueses que considerou ser "exemplares".
"Como em tudo na vida e em todos os países existem exceções que têm de ser corrigidas e chamadas à atenção, porque são situações que prejudicam também os outros colegas de profissão. Durante algum tempo ficará aqui alguma apreensão relativamente ao comportamento que os pescadores portugueses têm, quando é injusto", disse a ministra.
A governante afirmou ainda não ter conhecimento de outras embarcações nacionais que estejam ou tenham estado na mesma situação nos últimos dias.
A empresa proprietária da traineira "Vila do Infante" apresada em França por pesca ilegal é de Vila Praia de Âncora.
O armador António Cunha, de Vila Praia de Âncora, no concelho de Caminha, distrito de Viana do Castelo, confirmou a propriedade da traineira apresada, adiantando apenas que "o barco está retido há três semanas".
O proprietário da empresa Baleeira Pescas, Lda. recusou-se a prestar mais esclarecimentos sobre o caso.
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