Em declarações à Lusa, Orlando Gonçalves, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), adiantou que o sindicato esteve hoje reunido com a administração da EMEL, num encontro em que “se esperava que fosse apresentada uma contraposta” às reivindicações transmitidas na reunião anterior, em 01 de julho, mas “tal não aconteceu”.
Alegando “não ter havido tempo” para elaborar uma proposta, a empresa remeteu para 17 de setembro numa nova reunião em que “há possibilidades de poder haver ainda um acordo relativamente ao caderno reivindicativo para este ano”, acrescentou o sindicalista.
O caderno reivindicativo apresentado pelo CESP inclui três matérias apontadas pelos trabalhadores como “essenciais para a negociação”, entre as quais um aumento de 150 euros, a implementação de diuturnidades e o subsídio de turno ou de risco.
A expectativa era que “os aumentos pudessem vigorar já em agosto”, mas a empresa informou hoje que a decisão só acontecerá depois de setembro e “com retroativos a julho”, disse Orlando Gonçalves.
Além da questão salarial, o sindicato reafirmou hoje que são igualmente determinantes “as questões do subsídio de turno e também as questões do chamado subsídio de penosidade para os trabalhadores da fiscalização, que trabalham apeados”.
Relativamente às diuturnidades, os trabalhadores “exigem que fique escrito” que serão implementadas ainda este ano, bem como a definição dos valores, de quantos em quantos anos serão implementadas e como serão aplicadas aos trabalhadores com 10, 15 ou 20 anos de vínculo laboral à EMEL.
“O sindicato está disponível para ouvir a contraposta da empresa relativamente a todos estes valores que contam para o bolo que o trabalhador recebe no final do mês”, salientou Orlando Gonçalves, esperando que “em setembro seja apresentada uma contraposta que, de facto, reflita as necessidades dos trabalhadores”.
O CESP retomou no inicio de julho a negociação do caderno reivindicativo apresentado no início do ano.
A falta de acordo com a empresa levou os trabalhadores da EMEL a realizar uma greve parcial de três dias em maio e a aprovar uma moção em que pediam a substituição do conselho de administração.
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