Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros dos Emirados, “trata-se do primeiro voo humanitário (do país) desde os recentes acontecimentos no Afeganistão”.
Na quinta-feira, a ONU disse ter retomado os seus voos humanitários para o norte e sul do Afeganistão, após ter alertado para uma iminente “catástrofe humanitária”.
A ajuda dos Emirados destina-se a “milhares de famílias” afegãs e “faz parte do papel humanitário desempenhado pelos Emirados Árabes Unidos para dar total apoio ao povo irmão afegão”, indicou a agência noticiosa oficial WAM, citando um comunicado oficial.
Os Emirados também acolhem no seu território “milhares de famílias afegãs (…) temporariamente” e asseguram-lhes “uma vida decente”, refere o comunicado.
Quase uma semana depois de terminar a gigantesca ponte aérea a partir do aeroporto de Cabul para retirar da capital do Afeganistão estrangeiros e afegãos, as redes diplomáticas continuam ativas para tentar ajudar os refugiados do país.
No Golfo, o Qatar — que se tornou o epicentro da agitação diplomática depois de ter mediado durante vários meses as discussões entre os Estados Unidos e os talibãs — foi na quarta-feira o primeiro país estrangeiro a fazer aterrar um avião no aeroporto de Cabul desde a saída dos últimos responsáveis norte-americanos.
Doha trabalha para a reabertura “logo que possível” do aeroporto de Cabul, de crucial importância para o trânsito do apoio médico e humanitário ao Afeganistão, afirmou a diplomacia do Qatar.
Os talibãs entraram em Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada final das forças militares norte-americanas e da NATO, que se encontravam no país desde 2001, na sequência do combate à Al-Qaida após os atentados terroristas de 11 de Setembro do mesmo ano nos Estados Unidos.
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