Numa mensagem transmitida esta noite nas televisões francesas, Emmanuel Macron falou durante cerca de nove minutos sobre a personalidade do antigo Presidente, os seus combates e também as suas falhas, mas acima de tudo da ligação que existia entre o antigo Presidente e os franceses.

“Lembramo-nos esta noite da sua liberdade, da sua personalidade, desse talento que é reconciliar a simplicidade a grandeza, o amor à pátria e abertura ao que é universal. […] Ele tinha em si o amor a França e aos franceses”, afirmou o Presidente da República.

“Perdemos um homem de Estado que nos amou tanto como nós o amámos a ele”, referiu ainda o líder francês.

Macron referiu que Chirac foi uma figura habitada “pelo memória a longo prazo” e que traçou a sua carreira política nos passos do general De Gaulle e de Georges Pompidou e que a França está reconhecida pela transmissão de valores passada pelo antigo Presidente.

Em termos políticos, o governante francês realsou a ação de Chirac durante a Guerra do Iraque, em 2003, opondo-se aos Estados Unidos, e ainda à tomada de posição sobre a aquecimento global, quando o antigo Presidente disse a frase: “A nossa casa está a arder”.

“Para Jacques Chirac, não havia hierarquias entre percursos ou histórias. Havia simplesmente homens, mulheres e vidas que mereciam igual atenção. Jacques Chirac foi um destino francês”, declarou ainda Emmanuel Macron.

O Presidente disse ainda que as portas do palácio do Eliseu estão abertas a partir desta noite para quem quiser deixar uma mensagem de condolências em homenagem a Jacques Chirac e que dia 30 de setembro, dia de luto nacional em França, haverá uma homenagem solene ao meio-dia.

Jacques Chirac, que assumiu a Presidência francesa entre 1995 e 2007, morreu hoje em Paris, segundo anunciou a sua família. O antigo chefe de Estado francês encontrava-se doente há vários anos e estava afastado da vida pública.