“No imediato, temos de trabalhar para proteger os civis. Para isso, precisamos de uma pausa humanitária muito rápida e precisamos de trabalhar para um cessar-fogo”, declarou o chefe de Estado francês.
“Isto tem de se tornar possível”, acrescentou.
Emmanuel Macron insistiu que é “absolutamente essencial” proteger os civis na Faixa de Gaza e que não pode haver “dois pesos e duas medidas” em termos de proteção de vidas humanas.
“Isto não é negociável”, sublinhou.
O Presidente de França reiterou que Israel tem “o direito de se defender e o dever de proteger o seu próprio povo”, mas também afirmou que o governo israelita tem “uma responsabilidade eminente (…) de respeitar a lei e proteger os civis”.
“A luta contra o terrorismo nunca pode ser levada a cabo sem regras”, continuou.
A situação humanitária em Gaza está a deteriorar-se “a cada dia que passa”, sublinhou.
O objetivo da conferência que se realiza hoje em Paris é “identificar as necessidades em termos de fundos e de ajuda para as pessoas”.
O Presidente do Parlamento Europeu apelou também a que a ajuda seja coordenada e organizada de uma forma prática para que possa chegar ao destinatário.
“Precisamos de um cessar-fogo humanitário. Precisamos de silenciar as armas para fins humanitários”, afirmou Martin Griffiths, responsável da ONU para os Assuntos Humanitários.
O território palestiniano está sob bloqueio israelita desde que o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel a partir de Gaza, a 07 de outubro, matando mais de 1.400 pessoas, na maioria civis.
Os ataques de retaliação de Israel, que prometeu aniquilar o Hamas, já mataram mais de dez mil pessoas, sobretudo civis, segundo o movimento palestiniano que governa o enclave.
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