“A República Francesa não é, por definição, nem má nem desastrosa, é necessária, vital, justa”, disse Macron, recordando os líderes da Resistência Francesa no seu discurso do Dia da Vitória, que celebra o sucesso dos aliados na Segunda Guerra Mundial, que voltou a ter como pano de fundo a divisão social e o descontentamento gerado pela aprovação da polémica reforma da segurança social.
Os atos solenes começaram em Paris, onde o chefe de Estado homenageou o general e ex-Presidente Charles de Gaulle, figura central da resistência francesa durante a ocupação nazi, colocando uma coroa de flores diante da sua estátua. Muitas personalidades, como a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, ou o ex-Presidente Nicolas Sarkozy, estiveram presentes na cerimónia, numa cidade sob fortes medidas de segurança.
Para limitar o impacto dos protestos que acompanharam as saídas de membros do Governo francês, por causa da promulgação da reforma da segurança social, em abril, as forças de segurança estabeleceram um perímetro de 200 metros onde eram proibidas as manifestações, apesar das críticas feitas pelos sindicatos e pela oposição.
Contudo, isso não impediu que várias centenas de manifestantes organizassem um protesto no centro da cidade, para lembrar o descontentamento com as medidas do Governo no aumento da idade da reforma.
No seu discurso sobre o Dia da Vitória, Macron referiu o importante papel do sindicalismo durante a Segunda Guerra Mundial, lembrando os dois grandes sindicatos que participaram na resistência ao regime nazi.
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