"Daremos continuidade ao trabalho que temos desenvolvido desde o início da legislatura e que se pautará sempre pela mesma regra, que é ir tão longe quanto possível na melhoria das condições de vida dos portugueses sem correr o risco de reversibilidade daquilo que já conquistámos e sem pôr em causa a sustentabilidade futura das finanças públicas, para que não voltemos a um período de avanços e recuos, mas um período sustentado de progresso constante", declarou o primeiro-ministro, após um encontro com o Presidente do Peru, Martín Vizcarra, em Lisboa.
António Costa admitiu que, quando se alteraram as carreiras dos enfermeiros em 2009, houve um "esmagamento da grelha salarial" que causou "algumas injustiças" que o executivo considera "razoável poder resolver".
"Estamos disponíveis para negociar também esta segunda dimensão", assegurou, depois de recordar que, desde o início da legislatura, o Governo já contratou 4.100 enfermeiros, abriu concurso para outros 500, fez regressar o horário de 35 horas semanais para aqueles que o tinham visto aumentar para 40 e para outros que nunca o viram reduzido.
Neste contexto, o chefe do executivo mostrou-se convicto de que se chegará a uma solução para os enfermeiros que pretendam valorizar a carreira e não utilizar a questão profissional como arma política.
"Estou convencido de que aqueles que agiram legalmente, de uma forma respeitadora dos direitos dos doentes, da legalidade democrática e que estão efetivamente e exclusivamente empenhados em resolver e valorizar a carreira dos enfermeiros e não utilizar esta questão profissional como uma forma de combate político, estou convencido de que poderemos avançar e encontrar uma solução que faça aquilo que é necessário fazer, que é valorizar a carreira dos enfermeiros", concluiu.
Comentários