“Junto do conselho de administração reivindicamos apenas uma única questão, que tem a ver com a progressão dos enfermeiros que não está concretizada nos termos que a lei define, não aplicaram a lei do Orçamento de Estado, o que faz com que muitos enfermeiros ainda não tenham progredido. E quando digo muitos, são mesmo a larga maioria”, avançou à Lusa a dirigente nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Zoraima Cruz Prado.

De acordo com a responsável, nesta unidade hospitalar trabalham 580 enfermeiros e o documento entregue hoje reúne “cerca de 400 assinaturas”.

A concentração decorreu entre as 10:00 e as 12:00 e, segundo Zoraima Cruz Prado, alguns serviços do hospital acabaram por funcionar com os “serviços mínimos”.

“Afetou funcionamento do hospital apenas no decurso da mesma, embora os enfermeiros tenham tentado substituir-se para não se sentir tanto impacto nos serviços, mas obviamente que, enquanto estivemos concentrados, alguns serviços ficaram com os serviços mínimos”, explicou.

A dirigente nacional do SEP revelou que, após o protesto de hoje, a administração marcou uma reunião para 5 de dezembro, contudo, se não existirem avanços, os enfermeiros não descartam a hipótese de convocar uma greve.

“Se nesse dia não decidirem avançar com a correta contabilização dos pontos que permite a progressão, os enfermeiros vão avançar para outras formas de luta”, afirmou.