De acordo com Xavier Benavent, diretor de operações da Enaire, entidade que gere a navegação aérea em Espanha, registaram-se atrasos de cerca de “30 minutos” em várias ligações aéreas no país.
O organismo que controla os aeroportos espanhóis, Aena, afirmou através da rede social Twitter que não ocorreram cancelamentos mas sim atrasos nas ligações.
“Dos 5.484 dos voos programados, 300 sofreram atrasos”, disse a Aena.
Xavier Benavente explicou que durante 40 minutos, entre as 09:37 e as 10:17 (08:37 e as 09:17 em Lisboa) esteve fechado o espaço aéreo espanhol devido à órbita do foguetão afetando sobretudo o funcionamento dos aeroportos de Madrid, Barcelona, Lleida e Reus, na região da Catalunha; assim como em Saragoça e Valladolid.
Os aeroportos das ilhas Baleares não foram afetados, como foi comunicado anteriormente.
As autoridades espanholas, seguindo as recomendações da Agência de Segurança Aérea Europeia e as instruções do gabinete interministerial liderado pelo Departamento de Segurança Nacional, estabeleceram as normas e os procedimentos de segurança.
A trajetória do foguetão cruzou toda a Península Ibérica, percorrendo 1.200 quilómetros, desde o norte de Portugal, passando a 80 quilómetros a norte de Madrid tendo abandonado o território pela Catalunha.
Em concreto, o espaço aéreo encerrado foi precisamente aquele que se estendeu por toda a órbita previamente detetada, mais cem quilómetros para a direita e outros cem quilómetros para a esquerda da linha.
Este tipo de foguetões costuma desintegrar-se quando entram em contacto com a atmosfera e não provocam impactos no tráfico aéreo mas, neste caso, a envergadura de oito toneladas do aparelho, levou à tomada de decisões para que fossem evitadas colisões que não se registaram.
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