A cadeia de lojas de luxo com sede em Seattle anunciou, na passada semana, que iria deixar de comercializar a linha de produtos femininos de Ivanka Trump nas suas lojas na próxima estação. À Fortune, fonte da empresa adiantou que esta decisão é comum e resulta de uma avaliação regular dos resultados das várias marcas que vende.
Trump não gostou e reagiu. “A minha filha Ivanka foi tratada injustamente pela Nordstrom”, partilhou esta quarta-feira o Presidente norte-americano na sua conta de Twitter. “Ela é uma grande pessoa, sempre a pressionar-me para fazer o correto”, disse Trump. Pouco depois, a conta oficial do Presidente partilhou a publicação.
O efeitos da crítica do pai Trump partilhada pelo POTUS, conta oficial do Presidente norte-americano, não demoraram a chegar. As ações da Nordstrom caíram 0,7% em bolsa após as críticas de Trump, tendo recuperado 3,7% ao longo da sessão, para 44,38 dólares, escreve a Reuters. Diz a mesma agência que a Nordstrom não respondeu aos vários pedidos para comentar o assunto. Também a porta-voz da marca de Ivanka recusou comentar a polémica.
Durante uma conferência de imprensa, o porta-voz da Casa Branca minimizou a polémica e disse que o Presidente tinha todo o direito de, como pai, defender a filha.
De referir que a cadeia de lojas norte-americana Nordstrom foi alvo de protestos de ativistas anti-Trump, na sequência da "conversa de balneário" do agora Presidente onde este diz como se deve agarrar uma mulher pelas partes íntimas. Daqui nasceu um movimento denominado #GrabYourWallet (Agarre na sua carteira, em português) que incentiva os consumidores a boicotar produtos com laços a Donald Trump e à sua família.
A reclamação do pai Trump e a partilha no Twitter oficial do Presidente já foi alvo de várias críticas, nomeadamente de democratas.
O Senador Bob Casey dá a entender, na mesma rede social, que o assunto deverá ser analisado pelo Gabinete de Ética Governamental.
Este foi o primeiro tweet do Presidente a criticar uma empresa ligada à sua família, sendo que logo após a sua eleição as questões relacionadas com conflitos de interesses dominaram a atualidade, de tal forma que Trump encarregou a sua advogada, numa conferência de imprensa, de explicar como se ia afastar dos negócios de família, ficando estes a cargo dos filhos.
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