Num comunicado, Greenblatt realçou ter sido “o privilégio de uma vida” trabalhar na Casa Branca.

Ao lado de Jared Kushner (conselheiro da Casa Branca e genro de Trump), Jason Greenblatt esteve envolvido nos últimos dois anos e meio na elaboração de um plano de paz para acabar com décadas de conflito entre israelitas e palestinianos.

Em finais de agosto, Jason Greenblatt admitiu que o plano de paz não seria apresentado antes das eleições gerais israelitas agendadas para 17 de setembro.

Momentos depois do anúncio de Greenblatt, o Presidente norte-americano, Donald Trump, reagia à demissão do enviado especial através da rede social Twitter.

“Após quase três anos na minha administração, Jason Greenblatt irá sair para trabalhar no setor privado. Jason tem sido um grande e leal amigo e um advogado fantástico… (…). A sua dedicação a Israel e à procura da paz entre Israel e os palestinianos não serão esquecidas. Irá fazer falta. Obrigada Jason!”, escreveu o chefe de Estado norte-americano no Twitter.

Segundo o canal de informação norte-americano CNN, a saída de Jason Greenblatt acontece após diversos atrasos na divulgação do plano de paz desenvolvido pela administração Trump, plano esse que, de acordo com a estação, está praticamente finalizado desde o ano passado.

A CNN refere que os atrasos aconteceram em grande parte por causa da instabilidade política em Israel.

Em junho passado, em Manama (capital do emirato do Bahrein), Jared Kushner defendeu a aplicação de um plano económico proposto pelos Estados Unidos para o Médio Oriente, afirmando então que este plano era um “pré-requisito” para alcançar a paz naquela região.

O genro de Trump falava então na abertura de uma conferência coorganizada pelos Estados Unidos sobre a componente económica do plano norte-americano para resolver o conflito israelo-palestiniano.

“Aceitar um caminho de desenvolvimento económico é um pré-requisito para resolver este problema político anteriormente insolúvel”, defendeu na mesma ocasião o representante.

A componente política do plano norte-americano não seria abordada durante os trabalhos da conferência em Manama, algo que foi contestado pelos palestinianos que boicotaram o evento.