Na apresentação do “relatório anual do programa Erasmus+ de 2015”, a Comissão Europeia considera que “os novos dados demonstram que o programa é mais bem-sucedido e mais abrangente do que nunca” e que “está no bom caminho para cumprir o seu objetivo de dar apoio a 4 milhões de pessoas entre 2014 e 2020”.
O relatório revela que, em 2015, o Erasmus+ permitiu a 678 mil europeus estudar, receber formação, trabalhar ou fazer voluntariado no estrangeiro (um número superior a todos os registados até agora), tendo, no mesmo ano, a União Europeia investido 2,1 mil milhões de euros em mais de 19.600 projetos que envolveram 69.000 organizações.
Em Portugal, mais de 16 mil pessoas participaram num total de 320 projetos, financiados com 30,38 milhões de euros, com a maior “fatia”, de 18 milhões de euros, destinada ao ensino superior.
O executivo comunitário sublinhou também o facto de, em 2015, o programa ter-se expandido “ainda mais”, permitindo pela primeira vez a instituições de ensino superior de países de fora da Europa enviar e acolher mais de 28.000 pessoas, entre estudantes e empregados.
França, Alemanha e a Espanha continuam a ser os três principais países de envio, enquanto Espanha, Alemanha e Reino Unido recebem a maior parte dos participantes no Erasmus+.
Relativamente a Portugal, dados de 2014 revelam que os três principais países de destino eleitos pelos portugueses são Espanha, Itália e Polónia.
Criado em 1987, o programa Erasmus - “rebatizado” como “Erasmus+” desde 2014, precisamente por beneficiar mais pessoas e ser mais abrangente -, passou de 11 países abrangidos no seu ano de estreia (no qual participaram 3.200 estudantes) para os atuais 33: todos os 28 Estados-Membros da UE e ainda Turquia, Antiga República jugoslava da Macedónia, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
“Há três décadas que o programa Erasmus tem vindo a criar oportunidades para os jovens, permitindo-lhes desenvolver competências essenciais, incluindo competências sociais e interculturais, e a promover a cidadania ativa. Ao interligar as pessoas e apoiando-as para que trabalhem em conjunto, o programa desempenha um papel fundamental na capacitação dos nossos jovens para construírem uma sociedade melhor. Esta é a solidariedade de que a Europa precisa, agora mais do que nunca”, comentou hoje o comissário da Educação, Tibor Navracsis.
O comissário admitiu ser ambição da Comissão “garantir que no futuro o programa Erasmus+ possa apoiar ainda mais pessoas e de origens ainda mais alargadas”.
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