As declarações de Erdogan surgem depois de, no passado domingo, Ancara alegar que aviões turcos numa missão na região tinham sido alvo do sistema de defesa aérea S-300 da Grécia, denunciando uma “ação hostil”.

“Grécia, olha para a história. Se continuar, pagará um preço elevado”, disse o presidente turco durante uma reunião na região do Mar Negro, citado pela agência de notícias France Presse (AFP).

“Temos uma palavra para a Grécia: não se esqueça de Izmir”, acrescentou, referindo-se à cidade do Egeu que os gregos chamam de Smyrna (Ermirna).

A ocupação da Grécia de Esmirna – atribuída por tratado no final da I Guerra Mundial que a Turquia nunca reconheceu – tinha terminado quando os turcos a tomaram de volta em 1922.

“A ocupação das ilhas do Egeu perto da Turquia não é vinculativa para nós. Quando chegar o momento, faremos o que for necessário. Podemos chegar de repente à noite”, disse Erdogan, voltando a usar uma frase utilizada com frequência quando falava em lançar uma operação na Síria.

Por seu lado, Atenas acusa os aviões turcos de sobrevoarem as ilhas gregas próximas da fronteira turca. Esta disputa entre os dois vizinhos hostis tem resultado em patrulhas frequentes.

Ancara, por outro lado, denuncia a presença de tropas nestas ilhas, considerando ser contrária aos tratados de paz assinados após a I e II Guerras Mundiais.

Em junho, o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Cavusoglu, disse que se Atenas continuasse a enviar tropas para as ilhas, Ancara iria desafiar a soberania grega.

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