"Podemos consultar o povo, assim como fazem os britânicos", disse Erdogan, de acordo com a agência de notícias Anadolu, num discurso pronunciado na quarta-feira, no fim do jejum do Ramadão.
"Perguntaríamos: 'Devemos continuar com as negociações com a União Europeia ou encerrá-las?'", completou Erdogan, que acusa a UE de não querer a Turquia por ser "um país de maioria muçulmana".
"Por que demoram tanto?", questionou, em referência às longas negociações, uma vez que a Turquia formalizou a candidatura em 1987 e negoceia a adesão desde 2005.
Vários líderes europeus, incluindo o primeiro-ministro britânico David Cameron e a chanceler alemã Angela Merkel, afirmam que a entrada da Turquia na UE "não está na agenda". E quando assumiu o cargo, o atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, descartou qualquer ampliação do bloco europeu antes de 2020.
A questão da entrada da Turquia na UE esteve muito presente na campanha do referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE. Os partidários do Brexit afirmam que a adesão da Turquia levaria milhares de turcos para o país. Cameron declarou que essa perspectiva está muito distante.
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