Os trabalhos arqueológicos incidiram na fachada Norte da Casa dos Repuxos e revelaram “singulares índices de preservação das estruturas arqueológicas identificadas”, resultando “num diagnóstico muito revelador do enorme potencial patrimonial e museológico de todo o designado vale norte, que geomorfologicamente converge no sentido de Condeixa-a-Velha”, adiantou Vítor Dias, diretor do Museu Monográfico de Conímbriga.

As ruínas romanas de Conímbriga, abertas ao público desde 1930, estão classificadas como monumento nacional, sendo uma das maiores povoações romanas de que há vestígios em Portugal, situada a 16 quilómetros de Coimbra, embora a maior parte da antiga cidade esteja por estar a descoberto.

“É fundamental prosseguir os trabalhos de investigação sobre um dos achados arqueológicos romanos mais importantes do país e, nesse sentido, estaremos sempre disponíveis a apoiar todos os projetos que favoreçam a realização de novas escavações, iniciadas há mais de um século, e novas pesquisas que promovam o conhecimento e a conservação do património de Conímbriga”, sublinha Nuno Moita, presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova.

O autarca salienta o “enorme potencial patrimonial e museológico” dos mais recentes trabalhos arqueológicos, cujas investigações na estação arqueológica romana de Conímbriga decorreram ao abrigo do Projeto de Investigação Plurianual de Arqueologia (PIPA), intitulado CONÍMBRIGA MMXX – Avaliação do potencial científico do Vale Norte de Conímbriga.

Lideradas pelo arqueólogo Ricardo Costeira da Silva, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e pelo Museu Monográfico de Conímbriga - Museu Nacional, as escavações contam com o apoio da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova.