A competitividade do mercado imobiliário na capital britânica tem dificultado a aquisição de um imóvel, mas recentemente foram identificadas duas propriedades, uma no município de Lambeth e outra ao lado, em Wandsworth.
"Precisamos de receber uma nova expressão de interesse dos pais para provar às autoridades inglesas que o interesse se mantém, que as pessoas continuam a apoiar e que querem este projeto", afirmou a líder do projeto e coordenadora do Ensino do Português no Reino Unido.
Quando recebeu a autorização e apoio do ministério de Educação britânico para a abertura da Anglo-Portuguese School of London, em 2016, a procura excedia três vezes a capacidade prevista de duas turmas para os três primeiros anos do ensino primário.
A ambição é abrir nos anos seguintes para crianças dos sete até aos 11 anos, idade do final da escolaridade primária no Reino Unido, totalizando, em pleno funcionamento, 420 alunos.
"A localização vai depende do processo de negociação e a data de abertura vai depender da propriedade que for adquirida. Num caso é mais rápido, porque é uma reconstrução, no outro caso exige a demolição e construção de raiz", referiu, o que remete a abertura para entre 2020 e 2022.
A campanha de registo de pais interessados através da internet vai mostrar a solidez do projeto e assegurar sobretudo o apoio das autarquias, já que o governo britânico já confirmou o seu apoio, incluindo o financiamento das instalações, cujo custo pode chegar aos 20 milhões de libras (23 milhões de euros).
Apesar de ser o município londrino de Lambeth que tem uma maior concentração de portugueses e lusófonos, o executivo municipal do partido Trabalhista não tem manifestado interesse na instalação da escola Anglo-Portuguesa devido ao ceticismo sobre escolas internacionais, ao contrário do município vizinho de Wandsworth, onde já existem pelo menos três escolas primárias que oferecem um ensino bilingue de inglês e francês.
A Anglo-Portuguese School of London foi criada no âmbito do programa de "free schools" [escolas livres] no Reino Unido, estabelecimentos que podem ser criados por pais, professores, organizações sem fins lucrativos, empresas, instituições culturais ou desportivas ou fundações cuja utilidade responda à necessidade da comunidade local, seja por falta de lugares ou do tipo de oferta disponível.
Estas escolas são financiadas pelo Estado britânico, mas têm autonomia na gestão, nomeadamente de horários e currículo, que neste caso pretende oferecer um programa pedagógico nas duas línguas, inglês e português, para formar crianças bilingues.
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