“Parece-me que é uma grande greve. As escolas que conseguiram abrir têm vários setores que não estão a funcionar, desde bibliotecas, bares a pavilhões gimnodesportivos, ou seja, estão a funcionar de forma deficitária”, contou à Lusa o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima.

No Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos, em Gaia, “três escolas estão encerradas. Só a escola sede abriu, com alguns setores fechados”, disse Filinto Lima, que é também diretor deste agrupamento.

Segundo o presidente da ANDAEP, “em Setúbal só há uma escola aberta em toda a cidade” e as escolas do Agrupamento de Valadares estão hoje de portas fechadas.

“Um colega de Viana de Castelo disse-me que a adesão é forte”, acrescentou Filinto Lima, que diz compreender as razões da greve dos funcionários.

O aumento dos salários e o reforço de pessoal são duas das reivindicações destes trabalhadores.

“Os motivos são justos para os funcionários e para as escolas, que não têm gente suficiente”, reconhece Filinto Lima.

Também o presidente do Conselho das Escolas, José Eduardo Lemos, critica a falta de funcionários nas escolas: “É necessário mais gente, quer assistentes operacionais quer assistentes técnicos. A situação atual começa a ser preocupante”.

José Eduardo Lemos que é também diretor da Escola Secundária Eça de Queiroz, na Póvoa de Varzim, diz que a greve afetou alguns serviços, tendo sido suspensas as aulas de educação física.

Em Cinfães, os 1.300 alunos do Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto não tiveram hoje aulas.

“No meu agrupamento não tenho funcionários. Tive de fechar todas as escolas”, contou à Lusa Manuel Pereira, diretor do agrupamento, acrescentando que, às 08:30, ainda recebeu os alunos mais novos, do 1.º ciclo, mas que teve de organizar meios de transporte para que as crianças pudessem regressar a casa, “porque não havia condições para permanecerem na escola”.

Enquanto presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira diz ainda não ter uma visão nacional dos impactos da greve, mas também sublinhou a importância destes trabalhadores no funcionamento das escolas e lamentou a forma “como têm sido maltratados há muitos anos”.

Em Lisboa, o diretor do Agrupamento de Escolas de Benfica, Manuel Esperança, tinha diferentes situações nas suas três escolas: A secundária José Gomes Ferreira abriu normalmente, a EB23 Pedro Santarém “está a funcionar a meio gás” e a escola de 1.º ciclo Jorge Barradas está encerrada.

Na semana passada, o secretário-geral da Federação Nacional da Educação, João Dias da Silva, alertou para a possibilidade de a greve de hoje ser a “maior de sempre das escolas portuguesas”.

Os trabalhadores não docentes fazem greve contra a falta de pessoal nas escolas, a precariedade, os baixos vencimentos e as condições da carreira, exigindo o regresso de uma carreira especial interrompida há uma década.

Greve com "grande adesão" no Algarve obriga a encerrar muitas escolas

A greve de trabalhadores não docentes obrigou hoje ao encerramento de muitas escolas no Algarve, na sua maioria dos primeiros ciclos de escolaridade, enquanto outras estão a funcionar com serviços e atividades comprometidas, disse à Lusa fonte sindical.

"O que se pode verificar é que os trabalhadores aderiram em massa, há muitas escolas encerradas e algumas estão sem atividades porque o número de pessoas é reduzido, outras poderão ter de vir a fechar à tarde", resumiu à Lusa Rosa Franco, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e das Regiões Autónomas.

Segundo aquela responsável, as escolas secundárias foram as menos afetadas pela greve, mas nas escolas básicas (EB) do 1.º Ciclo e nas EB 2/3 houve "uma grande adesão" um pouco por toda a região, nomeadamente, nas cidades de Faro, Loulé, Olhão, Portimão, Vila Real de Santo António e Tavira.

Após uma ronda pelas escolas em Faro, a Lusa constatou que a maioria dos estabelecimentos do 1.º ciclo estão encerrados, havendo exceções, como o caso da Escola EB1 de São Luís, em que a escola abriu, mas com um aviso aos pais de que os serviços de higiene poderiam ficar comprometidos.

As escolas EB1 da Penha, Vale Carneiros, Bom João, Lejana, Alto Rodes e do Montenegro, em Faro, estão mesmo encerradas pela greve dos trabalhadores não docentes, que exigem a integração dos vínculos precários, uma carreira específica e meios suficientes assegurar para o bom funcionamento das escolas.

Segundo Rosa Franco, apesar de a falta de pessoal ser geral, as escolas secundárias "têm uma tradição diferente", além do facto de ser um público escolar com uma idade superior, o que pode ajudar a explicar o facto de a adesão à greve ser quase sempre mais expressiva nos primeiros ciclos de escolaridade.

"Nas escolas básicas, mesmo nas EB 2/3, é necessário dar muito mais atenção aos alunos e nestas existe ainda a agravante da existência dos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE), que exigem uma dedicação total dos assistentes operacionais, muitas vezes sem a formação adequada", frisou.

Sindicato estima que 60 a 70% das escolas do Porto encerrem devido à greve

O presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores, Assistentes e Auxiliares de Educação da Zona Norte disse hoje à Lusa que se prevê “o encerramento de 60 a 70% de escolas no Porto” devido à greve dos trabalhadores não docentes.

Na Escola Filipa de Vilhena, no centro da cidade do Porto, que encerrou, Carlos Guimarães, que é também vice-secretário geral da Federação Nacional de Educação (FNE), explicou que o protesto visa, entre outras reivindicações, exigir “a integração dos precários e uma carreira específica”.

À porta da Filipa de Vilhena concentravam-se dezenas de alunos a decidir o que fazer com “um dia livre de aulas, longe dos professores chatos”.

“Ainda bem que há greve, assim não temos aulas e não temos de aturar professores que não gostamos”, afirmou Ricardo Pinto, acrescentando que o seu grupo de amigos irá “dar uma volta” e eventualmente “almoçar no Mac”.

Ambiente diferente, no que se refere à concentração de alunos, vivia-se junto à Escola Clara de Resende, na zona do Bessa, que também encerrou devido à greve.

Segundo explicaram os poucos pais e alunos que iam passando, “já todos sabem que em dias de greve como esta, a escola não funciona. Muitos já nem vêm, outros passam de carro e seguem”.

Junto à Clara de Resende, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Orlando Gonçalves, disse aos jornalistas que a expectativa é de que “esta greve vá ter uma adesão muito forte”.

“Os trabalhadores sentem de facto as suas expectativas defraudadas, este Governo prometeu muito e cumpriu muito pouco, nomeadamente no que diz respeito à precariedade dos trabalhadores”, sublinhou.

Apesar de ainda ser cedo, porque as escolas abrem cerca das 08:30, Orlando Gonçalves admitiu que a maior parte das sedes dos agrupamentos escolares do porto irão estar encerradas.

Escolas da Madeira com adesão "significativa" à greve de pessoal não docente

A adesão à greve do pessoal não docente nas escolas da Madeira está a ter “uma adesão “significativa” e a provocar “alguns constrangimentos” no funcionamento dos estabelecimentos escolares, disse à Lusa fonte sindical.

“Temos conhecimento que a greve está a ter uma adesão significativa”, adiantou o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública na Madeira, admitindo ainda não existirem números concretos.

Segundo Ricardo Gouveia, um levantamento preliminar efetuado pelo sindicato mostra casos como a escola da Calheta (zona oeste da ilha da Madeira) com uma a adesão à greve de 60% e a creche O Barquinho, no concelho de Machico, onde “faltaram muitos funcionários”.

“Em diversos estabelecimentos estão a faltar muitos funcionários e a situação está a provocar constrangimentos no funcionamento normal das escolas e em diversas tarefas”, salientou.

Contudo, sublinhou ser “ainda muito cedo” para avançar com dados, não tendo ainda conhecimento de escolas que tenham encerrado devido à paralisação dos não docentes.

Ricardo Gouveia também realçou que a greve foi convocada a nível nacional, mas a estrutura regional não aderiu por estar “a meio de um processo de negociações” com o Governo Regional.

O responsável desta estrutura sindical na Madeira realçou que o aviso da greve de hoje “foi comunicado aos sócios, informando que estavam abrangidos se quisessem exercer o seu direito por uma questão de solidariedade para com os colegas a nível nacional”.

“Há razões para que se concorde com esta greve e muitos sócios contactaram o sindicato, pelo que contávamos com uma boa adesão”, declarou.

A Lusa constatou que, apesar de as aulas estarem a decorrer normalmente em diversos estabelecimentos de ensino, há casos de escolas do ensino básico em que os pais foram informados que não serão servidas as refeições, como no caso da Visconde Cacongo, no Funchal.

Aulas suspensas numa das maiores escolas de Braga

As aulas na Escola Secundária Carlos Amarante, uma das maiores escolas de Braga, vão ser suspensas a partir das 10:00 por falta de funcionários que "assegurem o normal funcionamento" das aulas, adiantou à Lusa fonte naquele estabelecimento de ensino.

"A escola abriu, mas foi decidido suspender as atividades letivas às 10:00 por falta de pessoal não docente para assegurar o normal funcionamento da escola", assegurou a referida fonte.

Na Escola Básica André Soares, os portões abriram, as crianças estão com os pais à espera de notícias, mas os serviços da escola, como a secretaria, estão encerrados, segundo constatou a Lusa no local.

Já na Escola Secundária D. Maria II, "a maior parte do pessoal aderiu à greve", explicou uma funcionária à Lusa, sendo que estão à porta da escola apenas "alguns, poucos, funcionários à civil" para informar os pais do porquê da greve.

"Os meninos e os pais merecem uma palavrinha", explicou à Lusa uma das funcionárias que se deslocou à porta da escola.

À porta das várias escolas, os alunos festejam, os pais reclamam: "Isto agora é assim semana sim, semana não. Já não podemos confiar na escola para deixar os nossos filhos", lamentou à Lusa Ana Pereira Silva, mãe de uma aluna no 11º ano na Escola Carlos Amarante.

Maria Pinto, aluna do 4º.ano, lamenta caso não venha a ter aulas porque, explicou, "aprender é bom".

"Prefiro estar na escola com os meus colegas do que ir para o trabalho com a minha mãe, lá não tenho nada para fazer", lamentou.

Secundária José Estevão de Aveiro fechada

A Escola Secundária José Estevão, no centro da cidade de Aveiro, não abriu hoje devido à greve dos trabalhadores não docentes, deixando sem aulas 1.400 alunos e originando dificuldades de circulação na zona escolar.

A greve foi convocada pelos sindicatos afetos à CGTP e à UGT, para exigir a integração dos trabalhadores precários, a criação de uma carreira própria e o fim da sua “municipalização”.

Às 08:25 o aglomerado de automóveis em volta da escola e “onde coubesse um carro” indicava já a suspeita dos pais e encarregados de educação de que a escola não iria abrir.

O movimento habitual de “encostar” para deixar alunos e seguir foi substituído pela procura de lugar de estacionamento, provocando maior engarrafamento de trânsito na Avenida 25 de Abril do que em dias normais.

Junto ao portão principal da escola, centenas de alunos aguardavam por informação para saber se iria haver aulas e olhavam com alguma ansiedade para os professores que ali se encontravam.

João Correia, pai de dois alunos, foi um dos que conseguiu estacionamento numa rua transversal e se dirigiu para a entrada da Secundária José Estevão.

“Já tinha ouvido falar na greve e em casa comentou-se a possibilidade de hoje a escola não abrir, mas temos de esperar que venham cá fora dizer se há aulas ou não”, disse à Lusa.

Passava já das 08:30 quando o diretor da escola, Fernando Delgado, confirmou não ter condições para abrir a escola.

“Só estão quatro funcionários, um dos quais é do apoio aos alunos com necessidades educativas especiais. De manhã deviam entrar 12 funcionários. Não temos condições para acolher os 1.400 alunos e 150 professores que deviam ter aulas esta manhã”, informou o diretor à Lusa.

A maioria dos alunos via passar o tempo com uma alegria indisfarçável, mas também havia alguns preocupados, sobretudo os do 12º ano, porque se aproxima a fase de testes.

Pais e encarregados de educação aguardavam pacificamente pela decisão da direção da escola.

“Há aqui respeito pelo funcionamento democrático e as pessoas reconhecem o direito à greve”, comentou à Lusa Fernando Delgado.

Constatado que a maioria dos funcionários que entrava às 08:15 fez greve, a opção foi esperar um pouco mais por um possível atraso dos que entravam às 08:30, que não se confirmou, para fazer o anúncio de que a escola não abria.

Depois foi o movimento inverso, com nova confusão no trânsito para sair da zona escolar e os alunos que usam transporte público a tentar decifrar no horário das paragens quando teriam novo autocarro para os levar de regresso, a uma hora que não faz parte das suas rotinas diárias.

FNE aponta para "fortíssima adesão" à greve dos trabalhadores não docentes

O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, revelou hoje que os dados iniciais confirmam uma “fortíssima adesão” à greve de hoje dos trabalhadores não docentes, com escolas fechadas em todo o país.

Em declarações aos jornalistas em frente da Escola Básica e Secundária Passos Manuel, em Lisboa, João Dias da Silva disse ter indicações de muitas escolas encerradas de norte a sul do país, dando do exemplo deste liceu, que “habitualmente não costuma fechar” e onde apenas um trabalhador se apresentou ao serviço.

“As maiores escolas de Bragança estão encerradas, há escolas no Porto encerradas e também em Espinho. (…) Concretiza-se uma fortíssima adesão à greve pela incapacidade do Governo em dar respostas a um problema que é reconhecido, de que se fala há tanto tempo e que o Governo continua sem resolver”, afirmou.

João Dias da Silva reconheceu que há muitos precários no processo de regularização extraordinária destes funcionários na administração pública, mas sublinhou: “O que é contraditório neste processo é que o Ministério da Educação, que está a regularizar a situação de alguns precários, está ao mesmo tempo a admitir outros precários”.

“Neste ano estão a entrar 1.500 precários e anuncia-se para o ano mais 500. Estes 1.500 mais os 500 não estão incluídos no processo de regularização e isto é totalmente contraditório e inaceitável”, considerou.

O sindicalista considerou ainda inaceitável que as contas do Ministério da Educação não tenham em conta a realidade, sublinhando que "há muito que é conhecida a insuficiência de trabalhadores não docentes".

“Há bibliotecas que estão fechadas porque não há trabalhadores para conseguir abrir, as cantinas e os bufetes e papelarias muitas vezes estão com horários reduzidos e os recreios das escolas continuam sem funcionários. Esta é a realidade que não são os sindicatos apenas a sublinhar, mas que os pais e alunos veem todos os dias quando chegam às escolas”, acrescentou.

Quanto à portaria que define os rácios de trabalhadores não docentes nas escolas, João Dias da Silva diz que “foi claramente uma oportunidade perdida”, pois “não abre espaço para entender o que são as realidades especificas de cada escola”.

“Quando se faz uma portaria para ser igual para todo o país não se vê que esta escola é diferente da escola de outra localidade qualquer. As realidades das escolas arquitetonicamente são diferentes, o tipo de alunos que as frequentam, a existência ou não de alunos com necessidades educativas especiais, de laboratórios, de oficinas… tudo isto varia de escola para escola”, afirmou.

Presente também neste piquete de greve em frente da Escola Básica e Secundária Passos Manuel estava o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, que relativamente à portaria dos rácios disse que “poderia ter sido uma oportunidade aproveitada para resolver os problemas não apenas deste setor, mas de outros setores da administração publica”.

“O que entendemos é que o Governo tem de encontrar formas para se sentar à mesa e encontrar uma solução", frisou.

"Fico naturalmente satisfeito quando no setor da saúde, com as lutas dos profissionais, houve abertura” para resolver a questão, disse Carlos Silva, aludindo à proposta do Ministério da Saúde recebida na quinta-feira à noite pelos sindicatos.

“Os sindicatos não têm as soluções todas na manga e o Governo também não. Não pode é dizer que não. (…) A um resultado zero de diálogo social tem de corresponder uma posição reivindicativa mais forte”, acrescentou.

Carlos Silva reconheceu ainda que o que os sindicatos percebem os constrangimentos orçamentais, mas que há abertura da parte sindical para perceber qual é o tempo em que o Governo tem condições de resolver o problema: “O que é que é necessário?”, questionou.

“Estamos numa de boa fé… o Governo não se pode fechar em copas, até porque este Governo não é um Governo qualquer. (…) Tem uma maioria no parlamento que o suporta à esquerda e, portanto, há uma expectativa da generalidade dos portugueses, fundada, de que os Governos de esquerda têm uma componente social mais forte nas suas políticas. É este social que está a faltar”, defendeu.

A greve é convocada por estruturas sindicais afetas às duas centrais sindicais, CGTP e UGT, no dia em que o calendário escolar tem marcada uma prova de aferição de Educação Física para os alunos do 2.º ano de escolaridade.

Os trabalhadores não docentes cumprem hoje um dia de greve para exigir a integração dos vínculos precários, uma carreira específica e meios suficientes assegurar para o bom funcionamento das escolas.

Oito em cada dez diretores escolares queixam-se da falta de assistentes operacionais, segundo um inquérito, realizado no mês passado.

O trabalho, realizado pelo blogue Comregras em parceria com a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), revelou também que quase metade destes funcionários tem mais de 50 anos e apenas 1% ganha mais de 650 euros.

A maioria dos diretores escolares (82%) depara-se diariamente com a falta de funcionários, de acordo com os dados recolhidos junto de 176 dirigentes.

Muitos destes trabalhadores estão nas escolas há mais de 20 anos e recebem o salário mínimo: 41,5% ganham 580 euros, 57,4% levam para casa entre 581 e 650 euros e apenas 1,1% tem um vencimento superior a 650 euros, segundo o inquérito.

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