
“Apesar da mudança na forma de seleção/nomeação dos membros dos conselhos de administração, o processo é praticamente o mesmo, mantendo-se o forte pendor de confiança política”, conclui o Relatório de Primavera 2018 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), que é hoje apresentado.
O documento lembra que a forma de seleção das administrações dos hospitais é “uma medida fundamental para a transparência do sistema” e para a “defesa do interesse público”.
Embora reconheça que a criação da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) veio acrescentar alguma transparência, o OPSS considera que o processo se manteve “praticamente inalterado”.
Quanto à avaliação de desempenho das administrações dos hospitais, os autores do relatório entendem-na como “imperativo fundamental”, mas que tem sido “sistematicamente descurado”.
“A avaliação do desempenho dos membros do conselho de administração, apesar da intenção política, parece não ter avançado. A avaliação é fundamental para consolidar/aprofundar a fiabilidade do sistema de seleção dos membros do conselho de administração, a garantia da eficiência das políticas públicas e a prossecução dos objetivos traçados, e a prestação de contas/responsabilização pelos resultados dos gestores públicos”, refere o relatório.
O Observatório Português dos Sistemas de Saúde é constituído por uma rede de investigadores e instituições académicas dedicadas ao estudo dos sistemas de saúde.
Tem como finalidade proporcionar a todos aqueles que podem influenciar a saúde em Portugal, uma análise precisa, periódica e independente da evolução do sistema de português e dos fatores que a determinam.
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