O conservador Janez Jansa, primeiro-ministro de 2004 a 2008 e de 2012 a 2013, altura em que um tribunal de Ljubljana o condenou por alegada corrupção no contrato de compra de blindados finlandeses celebrado durante o seu primeiro mandato, reuniu 25,5% das intenções de voto no Partido Democrata Esloveno.

As sondagens indicaram uma votação de 13,7% para o independente Marjan Sarec, um antigo comediante que se tornou presidente de câmara de uma pequena cidade da província.

A Lista de Marjan Sarec (LMS), que rejeita qualquer coligação com o Partido Democrata Esloveno, apresenta-se a sufrágio com um discurso de que chegou a hora de dar lugar a uma nova geração de "políticos novos e jovens", que não pactuam com pessoas envolvidas em casos de corrupção.

Marjan Sarec, que se tornou num político muito popular, disputou a segunda volta das eleições presidenciais de novembro de 2017 e conseguiu 47% dos votos, embora não tenha conseguido vencer o atual Presidente da Eslovénia, Borut Pahor.

Sem a maioria parlamentar, Jansa será obrigado a encontrar um parceiro de Governo e apenas o pequeno partido Nova Eslovénia, que significa 8,3% das intenções de voto, se mostrou aberto a uma coligação, ainda que possa revelar-se insuficiente para formar um executivo.

O Partido do Centro Moderno, do atual primeiro-ministro, Miro Cerar, recolheu 8,8% das intenções de voto.

Cerar não se apresenta a sufrágio, mas o bloco constituído pela atual maioria de centro-esquerda continua a pesar 29,4%, com os sociais-democratas a representarem 12,5% e o Partido Democrata dos Reformados (DeSus) 8,1%.

Embora Jansa tenha revelado confiança em obter a maioria dos 90 deputados na Assembleia Nacional para formar Governo, todas as equações são possíveis nas eleições eslovenas, que decorrerão pela primeira vez num contexto de crescimento económico.

O país, conhecido como a "Pequena Suíça dos Balcãs", entrou em crise em 2008, quatro anos depois de ter entrado na União Europeia, e quase foi alvo de uma intervenção internacional em 2013.

A Eslovénia, com pouco mais de dois milhões de habitantes, saiu da crise no ano seguinte e, no ano passado, cresceu 5,5%, um dos valores mais expressivos da União Europeia, com uma inflação de 1,6%, desemprego situado em 6,6% da população ativa e uma dívida pública de 69,5% do Produto Interno Bruto.

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