O interesse dos turistas estrangeiros em visitar esta zona do país “disparou em todos os mercados durante o ano de 2017”, refere, em comunicado enviado à agência Lusa, o Turismo Centro de Portugal, depois de analisar os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a proveniência dos visitantes no ano passado.
Segundo o Turismo Centro de Portugal, estes dados - que se reportam aos dez países de onde tradicionalmente chegam mais turistas - “dão conta de 1,40 milhões hóspedes estrangeiros na região, correspondentes a 2,76 milhões de dormidas”, sublinha.
“Espanha continua a ser o principal mercado emissor, o que naturalmente se explica pela proximidade e facilidade de acesso”, refere.
Em 2017, o Centro de Portugal registou 656,6 milhares de dormidas provenientes de Espanha, “o que representa um aumento de 11,6% em relação a 2016”.
“Em número de hóspedes, os espanhóis foram 322,5 mil, mais 14,9% que no ano anterior”, acrescenta.
Mas, de acordo com o Turismo Centro de Portugal, é entre os países mais distantes que “se notam maiores acréscimos de visitantes para a região entre 2016 e 2017”.
“Dos Estados Unidos, por exemplo, chegaram mais 69,1% de hóspedes (73,4 mil no total), responsáveis por mais 81,8% de dormidas (141,8 mil)”, enquanto “do Brasil vieram mais 43,2% de hóspedes (133,2 mil) e mais 40,0% de dormidas (203,0 mil)”, realça.
Verificaram-se também crescimentos “muito significativos” nos mercados de Itália (mais 46,4% de hóspedes e 75,3% de dormidas), Irlanda (mais 72,0% de hóspedes e 98,0% de dormidas) ou Reino Unido (mais 24,6% de hóspedes e 28,8% de dormidas), acrescenta.
No que respeita aos restantes países analisados, foi notado também “um crescimento muito acentuado de visitantes de Alemanha (mais 18,3% de hóspedes e 19,8% de dormidas)”.
“A fechar a lista estão Bélgica (mais 6,7% de hóspedes e 3,7% de dormidas), França (mais 5,9% de hóspedes e 7,0% de dormidas) e Holanda (mais 0,6% de hóspedes e 2,2% de dormidas)”, acrescenta.
Se for tido em conta o número absoluto de visitantes, Espanha lidera a lista de 10 países, com uma quota em 2017 de 11,6%. Seguem-se França (6,3%), Itália (3,9%), Brasil (3,6%), Alemanha (2,9%), EUA (2,5%), Reino Unido (2,0%), Holanda (1,0%), Bélgica (0,9%) e Irlanda (0,8%).
O Turismo Centro de Portugal destaca também "o forte crescimento de visitantes dos países que não integram esta lista de 10 mercados tradicionalmente analisados pelo INE”.
“Na globalidade, os números de ‘outros estrangeiros’ evoluíram 38,2% em hóspedes e 48,5% em dormidas. A quota de ‘outros estrangeiros’ é já de 13,2%, isto é, superior à de espanhóis”, acrescenta.
Segundo o Turismo Centro de Portugal, “o mercado asiático, em particular, está a crescer de forma acentuada”, sendo que, “de janeiro a setembro de 2017, houve 47,9 mil dormidas de sul-coreanos no Centro de Portugal – mais do que alguns dos 10 países tradicionais”.
“Japoneses foram 23,1 mil e chineses (mercado com potencial enorme de crescimento) 13,4 mil”, frisa.
O Turismo Centro de Portugal realça que 2017 “foi o ano em que o total de visitantes estrangeiros no Centro de Portugal mais se aproximou do número de visitantes nacionais”, com 1,4 milhões de hóspedes estrangeiros e 1,8 milhões de hóspedes portugueses.
De acordo com os dados do INE, entre janeiro e dezembro de 2017, registaram-se 5.654.683 dormidas no Centro de Portugal, o que representa um crescimento de 14,52% em relação ao total de 2016, que tinha sido de 4.937.900.
“O Centro de Portugal cresceu o dobro da média nacional, uma vez que as dormidas no país aumentaram em média 7,35%”, conclui.
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