Salvador Illa deu esta informação numa conferência de imprensa realizada após uma reunião com a Comissão de Saúde Pública espanhola, onde também estavam os diretores-gerais de Saúde Pública, e representantes de sociedades científicas, a quem explicou como será o dispositivo de chegada dos espanhóis.

Os serviços de saúde espanhóis têm um dispositivo específico para a chegada dos repatriados que lhes dará as “máximas garantias” numa unidade isolada do Hospital Gómez Ulla, onde deverão permanecer 14 dias em quarentena.

“Estamos a falar de pessoas saudáveis numa zona de quarentena”, disse o diretor do Centro de Emergências e Alertas, Fernando Simon, citado pela agência Efe.

A China elevou para 170 mortos e mais de 7.700 infetados o balanço de vítimas do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

Um estudo genético, conduzido por cientistas chineses, confirmou que o novo coronavírus com origem na China terá sido transmitido aos humanos através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que foi infetado por morcegos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) convocou para hoje o Comité de Emergência para determinar se este surto vírico deve ser declarado uma emergência de saúde pública internacional.

Fonte europeia disse à agência Lusa, na quarta-feira, que 17 cidadãos portugueses que estão na China — quase todos em Wuhan, na província de Hubei -, já pediram para deixar o país.

A companhia aérea portuguesa Hi Fly inicia hoje o repatriamento de cidadãos europeus desde Wuhan, a cidade chinesa onde surgiu o novo coronavírus, e os aviões fretados deverão partir do aeroporto de Beja, avançou o JN.

Além do território continental da China, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França (primeiro país europeu a detetar casos), Finlândia, Índia, Camboja, Filipinas e Emirados Árabes Unidos.