Perante a aproximação do inverno, os dois especialistas, em entrevista ao Diário de Notícias, revelaram as suas preocupações para o que aí vem, em termos da pandemia. Embora salientem que nestes últimos a Europa sobre "aproveitar" o Covid-19, nomeadamente com a criação de "uma nova agência de preparação e monitorização na área da saúde, a HERA, que vai certamente obrigar a uma maior vigilância de novas ameaças, onde se incluem estas novas variantes", ambos não têm dúvidas que este 'pesadelo' ainda não terminou.
"Diria que vamos estar a viver aquilo a que se chama "pandemia tripla", uma pandemia com covid, com gripe e com vírus sincicial respiratório. Ou seja, vamos estar numa situação em que, apesar das pessoas estarem vacinadas contra a gripe e a covid, vão progressivamente diminuir a sua imunidade. Com as novas variantes de covid, poderá haver alguma diminuição da eficácia contra a infeção e, portanto, vamos ter um aumento de número de casos, um acréscimo da afluência às urgências e, previsivelmente, teremos um aumento da gravidade traduzida em internamentos em enfermaria e cuidados intensivos. Além disso, necessariamente e infelizmente, vamos ter um aumento da mortalidade, nada que já não estejamos a ver lentamente noutros países", revelou o médico Filipe Froes.
Haverá assim medidas a tomar, pedem que sejam a breve trecho, nomeadamente a aceleração da vacinação contra a gripe e o Covid-19.
"Temos de tomar algumas medidas essenciais: uma delas é aumentar rapidamente a vacinação contra a covid e contra a gripe - começando pelos mais velhos e depois alargando ao maior número de pessoas possível -, e temos de melhorar muito os sistemas de vigilância. (...) precisamos urgentemente de rever em que contextos podemos voltar a utilizar as medidas de intervenção não farmacológica, nomeadamente a máscara", salientou.
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