A recriação histórica dá ideia aos visitantes de como a localidade algarvia foi nos tempos da Idade Média e a organização, a cargo da Câmara Municipal, quis que esta 20.ª edição fosse “marcada por elementos distintos” que permitissem “reconhecer a importância dos Dias Medievais na marca territorial de Castro Marim”, destacou a vice-presidente da autarquia, Filomena Sintra.
“Conseguimos, através também de um cofinanciamento comunitário e de uma candidatura autónoma, introduzir uma nova forma de recriação histórica, que vai ser através de ‘videomapping’, em que vamos transportar o visitante para aquilo que terá sido o momento da instalação da Ordem De Cristo em Castro Marim pelo rei D. Dinis”, afirmou a vereadora.
Filomena Sintra frisou que o espetáculo que vai projetar imagens nas muralhas do castelo “vai acontecer durante três dias do evento [sexta-feira, sábado e domingo]”, pelas 23:00, e que será depois repetida “no fim de semana a seguir aos Dias Medievais”, com “acesso livre”, mas “sujeita à lotação do castelo”.
“Depois, vamos ter também uma exposição de instrumentos de tortura, que foi desenvolvida por vários artesãos. Andamos há um ano e meio a trabalhar nisso e vamos ter várias peças que foram recriadas com réplicas de exemplos de uma exposição de um museu em Itália”, salientou ainda a autarca.
A vice-presidente da Câmara de Castro Marim falou também da presença de “novos grupos de animação”, entre eles “um grupo francês fantástico que nunca esteve” na iniciativa, do alargamento “da malha viária de Castro Marim com mais vendedores” e da preocupação do município em tornar esta edição “muito branca”, para “associar os Dias Medievais ao sal”, um dos produtos artesanais mais importante do concelho e que a autarquia quer “reforçar”.
O habitual desfile de época a assinalar o início e o fim do evento, os torneios medievais, as recriações de artes e ofícios da época ou a possibilidade de os visitantes “comprarem a mesa real do banquete e serem um rei por um dia” também são experiências que os visitantes poderão ter e que fazem “as pequenas grandes diferenças dos Dias Medievais de Castro Marim”, segundo a vereadora.
“Em vez de ser o rei que está no repasto, naquela mesa altaneira do banquete, o rei vai para a parte da nobreza mais pobre e as pessoas podem estar ali a fazer o papel de rei. São 10 lugares, porque essa mesa só tem esses lugares, e é uma experiência muito limitada, porque estamos a falar de três noites em que é possível fazer as reservas”, explicou, precisando que esta experiência tem um custo de 50 euros por pessoa, mas com direito a entrada no castelo e a uma caneca dos Dias Medievais de Castro Marim.
Sobre a afluência de público esperada nos cinco dias do evento, que foi alargado em espaço e duração nos últimos dois anos, Filomena Sintra disse que são esperadas 90.000 pessoas”.
Filomena Sintra disse ainda que foi também “reforçado o investimento em segurança e saúde e sistemas de controlos de entrada para proteger quem entra e quem sai e evitar perdas de crianças” e “notícias menos agradáveis associadas ao evento”.
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