O presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, disse à agência Lusa que o mecanismo consiste numa “boia, colocada num suporte vertical, que dispõe de um cabo com 30 metros”.

A ideia é que, perante um caso de pré-afogamento no mar, “qualquer pessoa pode atirar a boia para a vítima e, assim, ajudar a salvar uma vida”, sublinhou.

Segundo o autarca, por vezes, “são os minutos iniciais”, até chegarem as autoridades para proceder ao salvamento e resgate da vítima, que “fazem a diferença” e a boia pode, de facto, salvar uma vida.

A primeira boia foi já colocada na quinta-feira, na praia da Apúlia, onde se registou este ano um caso, cujo salvamento foi possível devido ao uso de uma boia salva-vidas que se encontrava no interior de uma embarcação parada nas proximidades.

“A necessidade aguça o engenho”, justificou à Lusa a implementação deste mecanismo, acrescentando que até ao final do ano serão colocadas 22 boias ao longo dos 16 quilómetros de costa, bem como em alguns locais nas margens dos rios Cávado e Neiva, escolhidos por pescadores desportivos.

Os equipamentos representam um investimento de cerca de 11 mil euros (500 euros por boia, já com suporte e colocação da respetiva placa informativa sobre o seu manuseamento), disse, acrescentando que “este mecanismo simples está validado pela Capitania”.

Benjamim Pereira destacou, ainda, a importância destas boias numa época em que as praias estão sem vigilância.

Com esta medida, Esposende demonstra um “reforço do seu papel enquanto autarquia no âmbito Proteção Civil”, disse.

Afirmando estar convicto de que “já está tudo inventado”, o autarca destacou, no entanto, o caráter inovador deste “equipamento simples”, ao qual pretende, no futuro, acoplar um sistema que alerte as autoridades para a sua utilização em situação de emergência.

A Câmara de Esposende admite reforçar o número de equipamentos nas praias caso verifique que há necessidade, “em mais locais da orla costeira e ao longo das margens dos rios”.