“O nível de alerta estará em vigor entre as 00:00 de e as 23:59 de terça-feira, dia em que voltaremos a reavaliar”, afirmou o ministro depois de uma reunião com vários ministros na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

“Nos próximos dias, a temperatura deverá baixar entre 2 e 8 graus, o que permite termos uma pequena janela para ajustar os esforços”, explicou José Luís Carneiro, lembrando que, “até ao final do verão, vão existir outros momentos muito exigentes” e “é preciso estar preparado”.

Perante a diminuição da temperatura e a necessidade de reduzir esforços, “tomámos a decisão – nomeadamente o Ministério da Administração Interna, o da Defesa Nacional, o do Ambiente, o da Agricultura, da Saúde e do Trabalho e Solidariedade, em articulação com o primeiro-ministro e o Presidente da República, de baixar nível de exigência dos recursos e meios” de combate aos incêndios para Situação de alerta, referiu o ministro.

Na terça-feira, a situação será reavaliada até porque se prevê um novo aumento das temperaturas, adiantou.

Portugal continental entrou em Situação de Contingência, segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, na passada segunda-feira e na quinta o Governo decidiu prolongar esta situação até hoje.

A Situação de Alerta é, de acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil, o nível menos grave, abaixo da Situação de Contingência e do patamar mais grave, a Situação de Calamidade.

Na última semana, o país enfrentou temperaturas elevados e o dia mais quente foi na quarta-feira, em que quase todos os distritos estiveram sob aviso vermelho, o mais grave emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Também foi na quarta-feira que a ANEPC registou o maior número de incêndios rurais este ano, num total de 193.

Também o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, afirmou hoje que “os próximos dias serão de alguma acalmia”, embora tenha deixado alguns avisos, durante o balanço sobre a situação dos incêndios no país, feito hoje de manhã na ANEPC, em Carnaxide, Oeiras.

“É preciso ter consciência de que o país vive uma seca extrema e, portanto, os níveis de água no solo estão muito baixos e há muito combustível seco para arder, pelo que tens de atuar sempre com precaução”, recomendou.

Portugal regista, esta manhã e segundo a página de Internet da Proteção Civil, 35 fogos dos quais cinco estão em curso e 29 em rescaldo. No terreno estão 875 bombeiros e outros operacionais de combate aos fogos, além de 244 carros e sete aviões.

Portugal continental entrou em situação de contingência, segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, na passada segunda-feira e na quinta o Governo decidiu prolongar esta situação até hoje.