Numa conversa telefónica no domingo com Adel Abdel Mahdi, Pompeo sublinhou que os Estados Unidos “não tolerarão ataques e ameaças contra vidas norte-americanas” e “reiterou que o governo iraquiano deve defender os membros da coligação” anti-‘jihadista’ dirigida pelos EUA, segundo um comunicado divulgado hoje pelo Departamento de Estado.

O secretário de Estado disse ainda que “os grupos responsáveis pelos ataques deviam ser responsabilizados”.

A base de Taji, a norte de Bagdad e onde estão destacados militares da coligação internacional, foi visada por duas vezes a semana passada por “rockets”, que mataram na quarta-feira dois soldados norte-americanos e uma britânica e feriram no sábado três outros militares dos EUA e dois iraquianos.

Os ataques de uma amplitude rara relançaram o receio de uma escalada no Iraque e com o vizinho Irão, considerado habitualmente responsável por Washington de estar por trás dos disparos.

Desde o final de outubro, 23 ataques com “rockets” visaram interesses norte-americanos no Iraque e as fações armadas pró-Irão apelam regularmente para que os norte-americanos sejam expulsos do país.

Nenhum dos ataques com “rockets” foi reivindicado, mas os Estados Unidos acusam as Brigadas do Hezbollah, uma das fações pró-iranianas mais radicais do Iraque.

Em represália pelo ataque de quarta-feira, o exército norte-americano realizou bombardeamentos contra, segundo Washington, bases das Brigadas do Hezbollah no Iraque.

Na sexta-feira, o Irão advertiu o presidente norte-americano, Donald Trump, contra qualquer “ação perigosa” e o governo iraquiano considerou uma violação da sua soberania aqueles ataques, que mataram cinco membros das forças iraquianas e um civil.

No final de 2019, disparos de “rockets” que mataram um norte-americano provocaram uma escalada, que quase degenerou num confronto armado quando Trump ordenou um ataque que matou o importante general iraniano Qassem Suleimani e o seu “número dois” iraquiano em Bagdad.