Esta decisão é a última de uma série de medidas tomadas pela administração do Presidente Donald Trump contra a direção palestiniana que, por sua vez, suspendeu as relações com responsáveis norte-americanos após o reconhecimento unilateral, pelos Estados Unidos, de Jerusalém como a capital de Israel, em dezembro de 2017.

“Um responsável norte-americano notificou-nos da decisão de encerrar a missão palestiniana nos Estados Unidos”, indicou o “número dois” da Organização de Libertação da Palestina (OLP) num comunicado.

“Trata-se de mais um exemplo da política de punição coletiva praticada pela administração Trump contra o povo palestiniano, ao qual já cortou o apoio financeiro para serviços humanitários, incluindo nos setores da saúde e da educação”, disse.

Historicamente o principal país doador da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), os Estados Unidos cortaram no início do ano a sua ajuda de 350 milhões de dólares (301,6 milhões de euros) em 2017 para 60 milhões (51,7 milhões). No final de agosto, Washington anunciou que não fará “contribuições adicionais” para a agência.

A UNRWA presta ajuda ao nível da educação e saúde a três milhões de palestinianos dos cinco milhões registados como refugiados.

Saeb Erekat considerou que “esta escalada perigosa mostra bem que os Estados Unidos procuram desmantelar o sistema internacional para cobrir os crimes israelitas”.

O responsável disse ainda que serão tomadas as medidas necessárias para proteger os direitos dos cidadãos palestinianos que vivem nos Estados Unidos de acederem a serviços consulares.

“Reiteramos que os direitos do povo palestiniano não estão à venda, não vamos sucumbir às ameaças dos EUA”, adiantou.

A OLP é vista pela comunidade internacional como a organização que representa o povo palestiniano.