“A Pequena Sereia foi vandalizada hoje de manhã (…). Uma pessoa não identificada escreveu as palavras ‘Racist Fish’ [‘Peixe Racista’, na tradução em português]. Abrimos uma investigação", indicou, em declarações à agência France Presse (AFP), a polícia de Copenhaga.
A icónica estátua foi criada à imagem do conto do reconhecido escritor e poeta dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875).
Em declarações à televisão pública dinamarquesa TV2, Ane Grum-Schwensen, uma estudiosa da obra de Hans Christian Andersen, disse que o conto da “Pequena Sereia" não contém alusões racistas.
No seguimento dos protestos antirracismo e contra a violência policial que aconteceram um pouco por todo o mundo após a morte do afro-americano George Floyd, em Minneapolis, nos Estados Unidos, monumentos e estátuas relacionados com o passado esclavagista e colonial de muitos países foram alvo de atos de vandalismo.
Nas últimas semanas, várias estátuas foram vandalizadas na Dinamarca, incluindo a de um missionário dinamarquês na Gronelândia, Hans Egede, que participou na colonização daquela ilha no Ártico no século XVIII, mas também as representações do líder indiano Mahatma Gandhi e do rei dinamarquês Christian IV.
A estátua da "Pequena Sereia” já foi vandalizada várias vezes.
A cabeça da estátua já foi roubada duas vezes (em 1964 e em 1998) e um dos seus braços também já foi cortado, em 1984.
Em 2017, a estátua foi pintada com tinta vermelha, numa ação atribuída a um grupo defensor dos direitos dos animais.
Em janeiro passado, a figura surgiu com uma frase grafitada alusiva ao movimento pró-democracia em Hong Kong.
A inscrição “Free Hong Kong" (na tradução em português, "Libertem Hong Kong") surgiu escrita em vermelho na pedra onde está sentada a figura de bronze.
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