“Esta severidade leva a que os incêndios, logo quando se iniciam, projetam-se para quilómetros de distância, isto é, quando os meios chegam ao terreno, nos primeiros minutos, já há várias projeções”, disse Rui Esteves, numa conferência de imprensa realizada na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
Questionado sobre os motivos de este ano estarem a deflagrar fogos de grandes dimensões, o comandante afirmou que é “preciso perceber a quantidade de combustível disponível, os locais onde os incêndios têm início e a forma como eles percorrem quilómetros”.
Rui Esteves sublinhou que os principais motivos que condicionaram os últimos grandes incêndios foram “a grande disponibilidade de combustível face à elevada secura dos combustíveis, a grande quantidade de combustível acumulado, ocorrências de episódios com temperaturas muito elevados, seguidas de ventos moderados a fortes”.
“Quando há ventos fortes, estes influenciam claramente o comportamento do incêndio”, afirmou
Os anos 2003 e 2005 foram os que registam piores incêndios florestais desde que há registos, tendo os fogos consumido uma área de cerca de 425 mil e 339 mil hectares, respetivamente.
Rui Esteves indicou também que “não se deslumbra uma [próxima] semana fácil”, tendo em conta a previsão meteorológica de subida das temperaturas mínimas e máximas, com previsão de vento forte a moderado com humidade inferior a 30% em todo o país.
Segundo o comandante, o índice do risco de incêndios para hoje, para quarta-feira e para quinta-feira é muito elevado nos distritos da Guarda, Castelo Branco, Viseu, Vila Real, Bragança e Coimbra.
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