Os jovens ativistas ambientais do movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa!”, que desde a semana passada promovem ações de protesto em vários estabelecimentos de ensino alargam a partir de hoje as iniciativas a mais escolas e universidades e prometem ser mais “confrontativos”.

Duas escolas secundárias de Lisboa fecharam hoje devido ao protesto por estudantes do movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa!”. Entre as escolas fechadas incluem-se a secundária D. Luísa de Gusmão e a escola António Arroio. Além destas escolas fechadas, surgem novas ocupações pelo “fim ao fóssil” no Liceu Camões, na escola Rainha D. Leonor, na FCSH da Universidade Nova, em Lisboa, na Faculdade de Letras do Porto, e a FEUC em Coimbra.

Desde 26 de abril que os jovens têm ocupado a Faculdade de Letras, a Faculdade de Psicologia e o Instituto Superior Técnico, a Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão, em Lisboa, e a Escola Secundária Tomás Cabreira, em Faro.

Exigindo o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, os jovens dizem que só param quando tiverem 1.500 pessoas dispostas a participar numa ação contra o gás natural marcada para dia 13 no porto de Sines.

“Pelo fim ao fóssil até 2030” e “pela eletricidade 100% renovável e acessível para todas as famílias até 2025”, os estudantes pedem que as pessoas se comprometam a “parar o crime dos combustíveis fósseis na sua fonte”, ao participar na ação de resistência civil para bloquear o porto de gás fóssil de Sines no dia 13 de Maio organizada pela plataforma “Parar o Gás”.

Em comunicado, os estudantes afirmam que “estas catástrofes climáticas e a crise climática não são normais, portanto a resposta não pode ser normal. Precisamos de disrupção para parar a destruição”.

Teresa Núncio, porta-voz do protesto, acrescenta que “nós não queríamos fazer isto, mas temos de o fazer porque o nosso futuro está em risco e o governo não está a fazer o suficiente. Estão a acontecer recordes de temperatura em Abril. Porque é que não estamos todos a agir como se a nossa casa estivesse a arder?”

Os estudantes contam neste momento com mais de uma centena de assinaturas para a participação na ação de bloqueio em Sines. Desafiam a sociedade a uma “luta coletiva para travar o colapso”.

A nível internacional, começam também hoje as ocupações de escolas e universidades pelo fim ao fóssil convocadas pelo movimento internacional “End Fossil: Occupy!” em Barcelona, na República Checa, no Reino Unido, e na Alemanha.