O estudo é desenvolvido pelo LIBPhys - Laboratório de Instrumentação, Engenharia Biomédica e Física das Radiações da Universidade Nova de Lisboa e foi recentemente aprovado pela Agência Espacial Portuguesa PT Space no âmbito de uma iniciativa destinada a financiar projetos científicos na área da exploração espacial.
Em declarações à Lusa, um dos coordenadores do estudo, Hugo Gamboa, disse que o trabalho vai abranger 30 idosos que irão ter treinos de passadeira e com elásticos, à semelhança do que os astronautas fazem na Estação Espacial Internacional.
Ao mesmo tempo que exercitam os seus músculos, os idosos vão ouvir sinais acústicos dos músculos com auriculares ligados a sensores colocados nas pernas ou nos braços.
Os sinais acústicos registados permitirão aos cientistas aferirem se os idosos estão a fazer o treino da forma mais adequada, que permita melhorar a sua função muscular reduzindo o risco de quedas e a perda de mobilidade.
Os primeiros resultados do estudo são esperados no próximo ano e se a metodologia for bem-sucedida pode vir a ser replicável em sessões de fisioterapia e constar nos programas de treino de astronautas, cuja perda muscular é "um processo muito acelerado" na ausência de gravidade.
O financiamento atribuído ao projeto do LIBPhys, no valor de 70 mil euros, é dado pela PT Space através da participação portuguesa num programa da Agência Espacial Europeia destinado ao desenvolvimento de experiências científicas.
Comentários