O porta-voz do Departamento de Segurança Nacional, Tyler Houlton, afirmou hoje em conferência de imprensa que o uso de gás pimenta ou lacrimogéneo contra migrantes “já aconteceu no passado” e, “se os agentes voltarem a ser apedrejados, acontecerá de novo”.
“Durante anos, o CBP [Alfândegas e Proteção fronteiriça dos EUA] utilizou de forma regular gás lacrimogéneo e ‘spray’ pimenta como a mínima força necessária para proteger a nossa fronteira sul e proteger-se a si própria de agressores violentos”, enfatizou Houlton.
Uma fotografia amplamente divulgada no domingo por diversos ‘media’ mostra duas crianças correndo com a sua mãe e que parecem estar a proteger-se de gás lacrimogéneo, uma imagem que desencadeou críticas de diversos políticos democratas e organizações não governamentais e uma condenação das ações da patrulha fronteiriça.
O incidente ocorreu na fronteira entre os arredores de San Diego (Califórnia) e Tijuana (Baixa Califórnia, México), quando centenas de migrantes romperam um cerco da polícia federal mexicana, e que implicou o encerramento pelos Estados Unidos do posto fronteiriço de San Ysidro.
Durante a mesma conferência, Rodney Scott, o chefe da CBP em São Diego, assegurou que os agentes não fixam como alvo as mulheres e crianças, mas se estas “estão junto a massas violentas”, pode haver “consequências involuntárias”.
Neste sentido, indicou que “a forma mais fácil de o evitar [o gás] é deslocar-se a um posto de acesso [autorizado] e esperar na fila”, numa referência às vias de entrada no país que estão regulamentadas.
Scott confirmou hoje que 42 migrantes, incluindo mulheres e menores, foram detidos no domingo em território norte-americano após terem atravessado “pela força” o limite com o México a partir de Tijuana.
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