A declaração do estado de emergência, feita hoje cedo pela Casa Branca, autoriza o Departamento de Segurança Nacional (DHS) e a Agência Federal para a Gestão de Emergências (FEMA) a coordenar todos os esforços de socorro em casos de desastre e encaminhar fundos federais para enfrentar a tragédia.
A assistência económica da Administração, que será colocada à disposição de diversas instituições governamentais e civis, servirá para impor “medidas de proteção de emergência” na Carolina do Sul que, juntamente com a Carolina do Norte, estão a ser os estados mais afetados pela passagem da tempestade.
Apesar de o Florence ter enfraquecido desde, que na semana passada, começou a entrar por território norte-americano como um furacão de categoria 4 na escala de intensidade de Saffir-Simpson, até ao seu atual estatuto de tempestade tropical de categoria 1, as autoridades advertem de que ainda representa “uma situação extremamente grave”.
Nas últimas horas, as autoridades confirmaram mais sete mortes, elevando para 23 o número de vítimas mortais.
O último dos corpos recuperados foi, segundo fontes policiais, o de Kaiden Lee-Welch, um bebé de apenas um ano cujo paradeiro era desconhecido desde domingo, quando a viatura em que viajava com a mãe foi arrastada pela corrente.
As autoridades precisaram que a mãe conseguiu libertar-se do cinto de segurança mas que a força da corrente a impediu de retirar o menino do veículo a tempo. A mulher foi transportada para um hospital para observação.
Além das vítimas mortais, centenas de milhares de pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas e cerca de 500.000 habitações encontram-se sem eletricidade na região afetada.
Os mais recentes dados do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla inglesa), hoje divulgados, indicam que a tempestade se desloca a uma velocidade de 21 quilómetros por hora, o que representa um aumento em relação às últimas horas.
As imagens das localidades afetadas que estão a ser exibidas pelas principais estações noticiosas são dantescas, com ruas transformadas em autênticos canais, e as autoridades avisam de que o pior ainda está para vir.
“Há muitos alertas de inundação neste momento na Carolina do Norte e no sudeste da Virgínia. Não podemos sublinhar isto suficientemente: as inundações repentinas podem ocorrer em qualquer lado, não só nas proximidades de rios e riachos”, frisou o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) na conta da rede social Twitter.
O NWS insistiu também em que o perigo se mantém, inclusive nas zonas onde a tempestade já passou, porque “embora as chuvas tenham parado, o caudal dos rios continua a aumentar”.
Assim que passe o perigo, Trump tem prevista uma visita esta semana à região afetada para comprovar em primeira mão os efeitos da tempestade.
Por sua vez, a responsável do Departamento de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, visitará ainda hoje a Carolina do Norte para discutir com as autoridades locais as operações de resgate em curso e as obras de reconstrução que serão necessárias nas zonas afetadas.
Comentários