A apreensão foi determinada pela juíza Ruth Pickholz do Supremo Tribunal, depois de a estátua ter sido reivindicada pela Turquia, divulgou na quarta-feira um meio de comunicação local de Cleveland, no Estado de Ohio, antes de a notícia chegar esta quinta-feira aos ‘media’ nacionais.
Este processo relacionado com a estátua exposta no Museu de Arte de Cleveland faz parte de uma grande investigação sobre o roubo e tráfico de peças arqueológicas da Turquia para os Estados Unidos.
A justiça norte-americana avaliou a estátua - sem cabeça - em 20 milhões de dólares (cerca de 18,4 milhões de euros) e estima que esta tenha 1.800 anos, segundo o jornal New York Times.
O artefacto seguirá para Nova Iorque, porque é neste local que decorre a investigação sobre a rede de tráfico de antiguidades.
A Turquia reivindica a estátua há algum tempo, alegando que esta desapareceu do seu território num roubo por volta de 1960, mas o museu de Cleveland rejeitou o pedido, alegando que não foram apresentadas provas dessa acusação.
Não é a primeira vez que a Turquia identifica peças roubadas e transferidas para os Estados Unidos, tendo já reivindicado e obtido peças encontradas no Metropolitan Museum de Nova Iorque, no Museu de Arte Etrusca, Grega e Romana da Universidade Fordham ou no Museu de Arte de Worcester em Massachusetts.
Esta notícia surge num momento em que há uma crescente consciência dos direitos patrimoniais de cada país e um olhar mais crítico sobre a forma como muitas das peças saíram de países asiáticos, africanos e até do sul da Europa para irem parar a museus norte-americanos ou europeus.
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