Um juiz federal tinha adiado a execução da única mulher no corredor da morte nos Estados Unidos, estando previsto que a nova data seria apresentada depois da tomada de posse do presidente eleito, Joe Biden, que se opõe à pena de morte.

Todavia, segundo a BBC, este adiamento foi suspenso à "última hora" pelo Supremo Tribunal e a mulher foi executada às 01h31 locais de 13 de janeiro, através do recurso a um injeção letal.  Lisa Montgomery estava no corredor da morte há 12 anos.

Após 17 anos de interrupção, os Estados Unidos retomaram, em julho de 2020, as execuções de pessoas condenadas à pena de morte por tribunais federais. A última execução de uma mulher nos Estados Unidos ocorreu em 1953.

Randolph Moss, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, considerou anteriormente que o Departamento de Justiça remarcou ilegalmente a execução de Lisa Montgomery e cancelou uma ordem que indicava 12 de janeiro como data de aplicação da pena.

A execução de Montgomery já esteve marcada para este mês no Complexo Correcional Federal em Terre Haute, no estado do Indiana, mas Moss atrasou-a na sequência de um pedido dos advogados da mulher que contraíram o novo coronavírus ao visitar a cliente e que precisavam de mais tempo para um pedido de clemência.

Lisa Montgomery foi condenada por assassinar Bobbie Jo Stinnett, de 23 anos e grávida de oito meses na cidade de Skidmore (no noroeste do Missouri), em dezembro de 2004.