Numa carta enviada ao secretário da Congresso, Pelosi solicitou a remoção imediata de retratos que representam antigos líderes da Câmara de Representantes: Robert Hunter, da Virgínia, James Orr, da Carolina do Sul, e Howell Cobb e Charles Crisp, ambos da Geórgia.

Alegando que os corredores do Capitólio são “o coração da democracia” dos EUA, Pelosi disse que não deve haver “espaço nos sagrados salões do Congresso, ou em qualquer lugar de honra, para homenagear homens que personificam o fanatismo violento e o racismo grotesco da Confederação”, referindo-se aos líderes do conjunto de estados do sul que procuraram a Secessão dos Estados Unidos, durante a Guerra Civil (1861-1865).

Pelosi lembrou que sexta-feira é o “Juneteenth”, o feriado que honra o dia do anos de 1865 em que muitos afro-americanos conheceram o fim da escravidão, no final da Guerra Civil.

A líder da Câmara dos Representantes disse que o “Juneteenth” é “uma bela e orgulhosa celebração da liberdade para os afro-americanos” e observou que este ano ocorre “durante um momento de extraordinária angústia nacional, enquanto se lamentam as centenas de negros americanos mortos por injustiça racial e brutalidade policial, incluindo George Floyd, Breonna Taylor, Ahmaud Arbery e muitos outros”.

Pelosi referia-se aos nomes de recentes vítimas de violência policial, que têm sido lembrados em manifestações globais contra o racismo, depois da morte de George Floyd, o afro-americano que morreu asfixiado sob escolta policial, em Minneapolis, no passado dia 25.

James Orr, que foi líder da Câmara de Representantes, de 1857 a 1859, jurou no plenário do Congresso “preservar e perpetuar” a escravidão, a fim de “desfrutar da nossa propriedade em paz, sossego e segurança”, lembrou Pelosi na carta hoje enviada ao secretário do Congresso.

No início deste mês, Pelosi pediu a remoção do Capitólio de estátuas de dirigentes da Confederação e a renomeação de bases militares dos EUA que homenageiam oficiais do Exército Confederado.