Medea Benjamin, cofundadora do Code Pink, referiu à agência noticiosa AP que a polícia entrou na embaixada ao início da manhã para prender os ativistas que ainda se mantinham no seu interior.
Mara Verheyden-Hilliard, uma advogada dos ativistas, admitiu que foram todos retirados do edifício, mas ainda estava a tentar localizá-los e quais as acusações que lhe foram dirigidas.
O Code Pink é um grupo que integra o designado “Coletivo de Proteção da Embaixada da Venezuela”.
Os manifestantes consideram Nicolás Maduro o Presidente legítimo da Venezuela. Mas os Estados Unidos e cerca de 50 outros países referem que a reeleição de Maduro em maio de 2018 foi fraudulenta e apoiam o líder do Parlamento, Juan Guaidó, que se autoproclamou chefe de Estado.
O ramo dos serviços secretos norte-americanos que se encarrega da proteção das delegações diplomáticas estrangeiras, confirmou à agência noticiosa Efe que os agentes executaram ordens de prisão contra “indivíduos que estavam no interior da embaixada da Venezuela”.
Posteriormente, uma carrinha e dois veículos da polícia abandonaram o recinto, e fontes do Code Pink indicaram que dois dos ativistas tinham sido retirados da embaixada, mas não puderam confirmar se os restantes permaneciam no seu interior.
Antes desta ação policial, Carlos Vecchio, o enviado de Guaidó nos Estados Unidos, escrevia na sua conta Twitter: “Fora os invasores da nossa embaixada. Terminou a usurpação. Levou tempo e esforço para cumprirmos com os venezuelanos. Infinitamente agradecido à diáspora venezuelana pelo seu sacrifício. Próxima libertação: Venezuela”.
“Obrigado ao Governo dos EUA, ao Departamento de Estado e corpos de segurança pelo seu apoio e por fazerem cumprir as leis e tratados internacionais. Terminou a usurpação. Continuamos a avançar”, sublinhou.
E acrescentou: “Vemo-nos na embaixada esta tarde”.
Um forte contingente policial foi deslocado para as imediações do edifício, com dezenas de agentes da polícia e dos serviços secretos. As ruas de acesso à porta principal e das traseiras foram cortadas pelas autoridades.
A embaixada venezuelana, situada no seleto bairro de Georgetown, converteu-se num símbolo da luta do poder no interior da Venezuela. A embaixada foi ocupada para evitar que os enviados de Guaidó tomassem o controlo do edifício após a partida dos diplomatas designados pelo Governo de Maduro.
O protesto iniciou-se com pelo menos 30 ativistas no interior da embaixada, mas o seu número foi progressivamente diminuindo. O edifício estava sem eletricidade, água e acesso a alimentos desde a semana passada e dezenas de apoiantes de Maduro concentravam-se frequentemente nas imediações em apoio aos ativistas.
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