"Os Estados Unidos da América (EUA) permanecem profundamente preocupados com a perseguição política contra membros da oposição democrática na Venezuela", disse um porta-voz do Departamento de Estado.

Os EUAs lembraram o acordo assinado em agosto de 2021 no México entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana, que na época reconhecia Guaidó como "presidente interino". Sob o pacto, "ambas as partes concordam em trabalhar rumo a uma coexistência social e política pacífica que rejeite a violência, garanta os direitos políticos para todos e proteja os direitos humanos", disse o porta-voz.

Os Estados Unidos e cerca de cinquenta países reconheceram Guaidó em 2019, quando ele liderava o Parlamento, como presidente interino da Venezuela, de onde milhões de habitantes fugiram devido à dura crise econômica que assola o país latino-americano.

Guaidó falhou na sua tentativa de derrubar Maduro, herdeiro político do falecido Hugo Chávez (1999-2013) e apoiado pela Rússia, Cuba e China. A oposição venezuelana encerrou seu papel como presidente interino no final do ano passado, medida que entrou em vigor no início deste ano.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou na quinta-feira que, além do mandado de prisão, emitiu um alerta vermelho da Interpol para capturar o opositor, por acusações como lavagem de dinheiro, entre outras. Guaidó denunciou que as acusações são "propaganda" que serve para enfraquecer a oposição antes das próximas eleições primárias.