Uma professora de ciências de uma escola pública em Long Island, no estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, foi detida na véspera de ano novo, depois de ter sido acusada de ter dado um injeção a um adolescente com aquilo que se acredita ser uma vacina contra a Covid-19. Isto, sem o consentimento dos pais do jovem.

Segundo o The New York Times, que cita a polícia do condado de Nassau, Laura Parker Russo administrou, em sua casa, em Sea Cliff, aquilo que se pensa ser uma vacina contra o novo coronavírus a um jovem de 17 anos. O rapaz contou à mãe, quando chegou a casa, que contactou as autoridades, afirmando que não tinha autorizado a vacinação do filho.

A professora de 54 anos foi acusada de prática não autorizada de uma profissão. Russo foi retirada da escola onde estudava, e do sistema de escolas públicas de Herricks, em New Hyde Park, e aguarda transferência para um novo estabelecimento de ensino enquanto não se conhece o resultado da investigação.

Nos Estados Unidos, a maioria dos estados, incluindo Nova Iorque, exigem o consentimento dos pais para que menores sejam vacinados contra a covid-19, sendo que vários pais têm impedido a vacinação dos filhos, sobretudo por preocupações relacionadas com possíveis efeitos secundários e segurança da vacina.

As autoridades de saúde norte-americanas aprovaram, logo em maio, a vacina Pfizer-BioNTech para uso em crianças dos 05 aos 17 anos, já que, desde o início da pandemia, as crianças representaram 16,9% de todos os casos confirmados, de acordo com a Academia Americana de Pediatria.

No início de novembro foi recomendado que as crianças entre os 5 e os 11 anos começassem também a ser vacinadas, o que teve início há cerca de um mês, sendo que 10% da população dessa faixa etária já recebeu a primeira dose.