“Continuamos a considerar uma série de políticas para reduzir as nossas emissões de carbono. Algumas das medidas em consideração poderiam colocar um preço implícito no carbono que poderia ser um elemento útil partilhado com outros países”, disse Yellen, que falava num painel sobre tributação nesta reunião do G20, que se realiza hoje e no sábado em Veneza.
No seu discurso no seminário, que os meios de comunicação social poderiam seguir em aberto, Yellen salientou que “abordar os impactos das alterações climáticas e tomar medidas significativas para descarbonizar” as economias até 2050 “exigirá novos investimentos públicos e privados significativos e decisões económicas difíceis”, afirmando que é essencial favorecer políticas orçamentais que protejam o ambiente e combatam as alterações climáticas.
“Os países do G20 são responsáveis por mais de 80% das emissões globais de carbono, pelo que é nossa responsabilidade tomar medidas e fazê-lo imediatamente”, disse.
Yellen defendeu a necessidade de “avaliar quais os instrumentos políticos que melhor permitirão alcançar resultados climáticos e ambientais internos” para os países, “minimizando ao mesmo tempo os efeitos secundários negativos e maximizando os benefícios para a comunidade global”.
A secretária do Tesouro também argumentou que é essencial que os países cumpram as suas contribuições determinadas a nível nacional, que são compromissos assumidos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, e salientou que outras ações para proteger o ambiente podem incluir a “criação de incentivos à descarbonização” ou o incentivo ao “investimento público direto”, mas também o investimento privado para alcançar uma economia mais “verde”.
Finalmente, recordou que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se comprometeu a reduzir as emissões do país em pelo menos 50% em relação aos níveis de 2005 até 2030.
Os ministros das Finanças francês e alemão também se mostraram a favor do debate de um preço mínimo internacional para as emissões de carbono.
“Precisamos de introduzir um preço de carbono justo e eficiente. Num mundo ideal, o preço deveria ser o mesmo, mas sabemos que existem diferenças políticas quanto a este objetivo”, disse o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire.
O homólogo alemão disse que “na luta contra as emissões poluentes” é necessário encontrar uma solução nos próximos dois anos, e mostrou-se confiante que é possível chegar a acordo sobre um preço mínimo a nível internacional.
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