O tribunal, numa ordem escrita pelo juiz conservador Samuel Alito, ordenou que se separem todos os votos recebidos pelo correio depois das 20:00 de 03 de novembro, hora de encerramento das urnas, sejam armazenados e contados em separado.
No entanto, lembra o jornal New York Times, a decisão não traz consequências por agora na prática, uma vez que os responsáveis pelas eleições na Pensilvânia já estavam a colocar de lado esses boletins, não os incluindo nas contagens divulgadas.
A ordem do Supremo Tribunal respondeu a uma ação interposta pelo Partido Republicano para garantir o cumprimento da ordem de separar os votos por correspondência, no objetivo final de que sejam declarados nulos, num outro processo judicial.
Como defendeu o Presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, Donald Trump, os conservadores da Pensilvânia consideraram que os votos por correspondência recebidos depois do dia das presidenciais devem ser considerados nulos, apesar de terem sido recebidos dentro do prazo.
Alito indicou que a secretária de estado da Pensilvânia, máxima autoridade eleitoral, Kathy Boockvar (democrata), “não foi capaz de verificar se todas as juntas eleitorais (dos condados) estão a cumprir a ordem da secretaria” de separar os votos.
O Supremo Tribunal da Pensilvânia tinha alargado até sexta-feira à tarde o prazo limite para a receção dos votos enviados por correio, que aumentaram devido à pandemia da covid-19, causando atrasos no processamento pelo serviço postal norte-americano.
Os republicanos interpuseram uma ação para anular esses votos e por isso pediram ao Supremo federal, e até que haja uma decisão, faça cumprir a ordem de manter os boletins separados.
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