O anúncio foi feito hoje pelo Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) e pelos responsáveis da agência responsável pela defesa antimísseis (MDA, na sigla em inglês).

Este tipo de teste é pouco comum, especialmente porque é muito dispendioso e porque existem neste momento nas reservas norte-americanas pouco mais de quatro dezenas de mísseis que podem ser utilizados nestas interceções.

De acordo com as estimativas do Pentágono, existem 44 unidades até ao final do ano corrente.

O sistema de interceção norte-americano tem um historial pouco favorável, uma vez que só conseguiu ter sucesso em nove das 17 tentativas realizadas desde 1999 e uma única vez nos últimos quatro anos.

Antes do teste de terça-feira, os Estados Unidos tinham realizado outro teste em junho de 2014. Este também tinha sido bem-sucedido.

A Coreia do Norte é agora o foco dos esforços da defesa antimíssil norte-americana, uma vez que o regime de Pyongyang já prometeu lançar em breve um míssil com armas nucleares capaz de alcançar o território dos Estados Unidos.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu acelerar o investimento na área da defesa antimíssil, de forma a enfrentar as ameaças do regime norte-coreano ou de outros mísseis provenientes de outras direções, nomeadamente do Irão.

O regime norte-coreano acelerou significativamente os seus testes de mísseis no ano passado e parece estar a realizar progressos no desenvolvimento de um arsenal que representa uma ameaça, não só para a Coreia do Sul e para o Japão, onde estão destacados no total 80.000 militares norte-americanos, mas também em relação a um míssil balístico intercontinental capaz de atingir o território dos Estados Unidos.

Horas depois do anúncio do sucesso do teste de interceção norte-americano, o regime de Pyongyang lançou novas ameaças, afirmando estar prestes a lançar um míssil balístico intercontinental (ICBM).

Segundo o vice-almirante Jim Syring, diretor da MDA, o próximo teste terá lugar “no outono” de 2018 e irá envolver dois mísseis intercetores, o que pretende dar “mais realismo” ao teste.

O teste de terça-feira custou aos cofres americanos “244 milhões de dólares [217 milhões de euros]”, precisou Jim Syring.