“O tempo em que podíamos contar simplesmente com os Estados Unidos para nos proteger acabou”, disse a chanceler alemã na cerimónia de entrega do prémio Carlos Magno ao presidente francês, Emmanuel Macron, em Aachen, oeste da Alemanha.
“A Europa deve tomar o seu destino em mãos, é o nosso desafio para o futuro”, acrescentou.
A situação no Médio Oriente, descreveu, “é verdadeiramente de guerra ou de paz”.
“A escalada das últimas horas mostra-nos que é verdadeiramente de guerra ou de paz”, disse.
Macron foi hoje distinguido com o prémio Carlos Magno “pela sua visão de uma nova Europa” e a sua “atitude firme” contra o nacionalismo e o isolacionismo.
A tensão no Médio Oriente aumentou nas últimas horas, com Israel a bombardear dezenas de alvos iranianos na Síria, em represália por um ataque atribuído ao Irão contra forças israelitas nos Montes Golã, território sírio que Israel invadiu em 1967 e anexou em 1981.
A escalada da tensão ocorre num contexto de incerteza em relação ao programa nuclear iraniano, depois de os Estados Unidos terem decidido abandonar o acordo nuclear entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, França e Reino Unido – e a Alemanha).
O acordo, concluído em 2015, permitiu o levantamento de parte das sanções internacionais em troca do compromisso de Teerão de limitar o seu programa nuclear a fins civis.
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