Impedidos os repórteres de captar a ação no interior do espaço comercial de Rio de Mouro, o cabeça de lista europeu de comunistas e ecologistas, João Ferreira, foi entrando e contactando com diversos lojistas, com o cuidado de diminuir a comitiva ao mínimo devido aos dispositivos de contagem de clientes, à entrada das lojas, com efeito de cálculo da produtividade dos trabalhadores.
Já sem as bandeiras presentes no início da concentração, à porta do “shopping”, o eurodeputado mostrou-se contra a “total desregulação de horários, a enorme dificuldade de compatibilização entre vida profissional e vida familiar e os baixos salários” praticados neste setor de atividade.
“Perante a evidência dos resultados de recomendações da União Europeia no sentido de desregular e flexibilizar o mercado de trabalho, houve esta desarticulação da contratação coletiva, considerada demasiado rígida pela Comissão Europeia”, lamentou, sublinhando viver-se um “clima de repressão e intimidação” e tal “situação disseminada no comércio e serviços”.
Para João Ferreira, os domingos devem ser “para todos os trabalhadores que não respondam a imperativas necessidades sociais um dia de descanso, lazer e convívio com a família”.
O candidato da CDU reiterou a defesa da instituição ao nível europeu do “princípio do não retrocesso” em termos de direitos laborais.
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