A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, encerrou hoje a convenção europeia do partido, em Lisboa, pedindo aos eleitores que penalizem o PS e aproveitem para mostrar que “há alternativa à maioria dominante de esquerda”.
Depois de lembrar que as europeias de 26 de maio são as primeiras eleições depois da formação do Governo das “esquerdas unidas”, do PS, Cristas pediu uma dupla mobilização dos apoiantes contra a abstenção e contra o executivo de António Costa.
“É preciso votar nestas eleições”, afirmou, “pelo que significam por si”, mas também “pela força de mostrar que há outra visão e que há uma alternativa à maioria de esquerda dominante em Portugal”, afirmou no final de um encontro dedicado às europeias, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, um arranque da pré-campanha eleitoral.
Assunção Cristas pediu aos militantes e apoiantes que recordem serem estas “as primeiras eleições nacionais depois do Governo das esquerdas unidas” e que “vale a pena lembrar” isso mesmo “àqueles que não se conformam com as esquerdas unidas, que não se reveem em António Costa, que não acham que ele seja um bom primeiro-ministro”.
Na convenção europeia do CDS foram apresentadas as linhas programáticas do CDS às europeias, em que se rejeita "qualquer alteração à regra de unanimidade na votação de questões fiscais a nível europeu" e se defende que a "segurança dos cidadãos é uma prioridade".
"Acreditamos que o espaço europeu pode ser um destino de acolhimento para outros povos, mas exigimos respeito pelas nossas leis, valores e costumes", lê-se no texto.
Antes, desde cerca das 15:00, cada um dos candidatos do partido às europeias conversaram com convidados, todos independentes, sobre temas como a dimensão social da Europa (Isabel Jonet), Agricultura (Manuel Grave), política externa (João Taborda da Gama) e Mar (Manuel Tarré).
As eleições europeias realizam-se, em Portugal, em 26 de maio.
Em 2009, também com Nuno Melo como cabeça de lista, o CDS-PP elegeu dois eurodeputados, com 8,37% dos votos.
Cinco anos depois, em 2014, o CDS-PP concorreu em coligação com o PSD, que obteve 27,71% dos votos, sete deputados e apenas um dos centristas, Nuno Melo.
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