No discurso de encerramento da corrida eleitoral para as europeias, num jantar-comício em Coimbra para cerca de 400 pessoas, Marisa Matias, rouca e quase sem voz, falou de uma campanha que sentiu "a crescer todos os dias" porque as pessoas reconheceram que o BE está "para resolver problemas na vida das pessoas".
"Por isso sentimos, e eu sinto, que estas eleições podem mesmo ser o início da alteração do mapa político à esquerda em Portugal", anteviu.
A eurodeputada recandidata do BE lamentou que tantos candidatos tenham levado a estas eleições e à campanha a divisão.
"Quando procuraram todos os dias dividir, nós falamos de união porque nós temos um projeto de união para a União [Europeia]", justificou.
As escolhas, para Marisa Matias, "estão todas em cima da mesa".
"Sabem pelo trabalho que fizemos que, mesmo em território difícil, conseguimos mesmo melhorar a vida das pessoas", disse.
Depois da lista de agradecimentos, a primeira candidata do BE às eleições europeias de domingo destacou algo que “alegra” toda a lista.
"É que nós conseguimos mesmo, contra todas as probabilidades, introduzir temas europeus na campanha para as eleições europeias", destacou, dando o exemplo das alterações climáticas, injustiça fiscal, direitos laborais ou saúde pública.
Para Marisa Matias, "não importa fazer campanhas” se é para os candidatos se ouvirem uns aos outros e “não ouvir as pessoas e não falar daquilo” que é os leva até elas.
"No domingo, por favor, passem a palavra e digam às pessoas: votem em quem vos representa, vota em quem pode melhorar as vossas vidas, votem em quem vos escuta, votem em que não precisa de ter um ego gigante, só precisa de ter os ouvidos abertos e coração grande para que lá caiba tudo", apelou.
Depois de chamar a lista ao palco, a cabeça de liste fechou com o derradeiro pedido: "no domingo votem Bloco de Esquerda".
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