"Acredito que ainda há condições, se houver vontade política, quer na saúde, quer no trabalho, para se fazer justiça à gente que tem sido injustiçada ao longo de tantos anos", disse a cabeça de lista do BE, Marisa Matias, aos jornalistas no final de uma visita Parque Oficinal do Norte da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), em Contumil, Porto.
Questionada sobre o pacote de legislação laboral que está em discussão na especialidade do parlamento e sobre o posicionamento do PS, a cabeça de lista do BE considerou que "ainda há tempo" para fazer as alterações necessárias porque, caso não se retire do código do trabalho "o que a troika lá deixou", não se avança de "nenhuma forma na defesa dos direitos dos trabalhadores".
Presente na visita de hoje estiveram alguns dos 57 representantes sindicais, mais de 20 comissões de trabalhadores e seis associações de precários que entregaram à eurodeputada recandidata "um manifesto de apoio à candidatura do BE".
"É dos momentos que mais me emocionaram do ponto de vista do reconhecimento do trabalho que temos feito porque é uma luta muito difícil a da defesa do trabalho com direitos na União Europeia e em Portugal também", admitiu.
Questionada sobre se esta era uma disputa com a CDU, Marisa Matias respondeu: "nós trabalhámos e trabalhámos seriamente e continuaremos a trabalhar no sentido de eliminar a precariedade e garantir o trabalho com direitos".
"Eu acho que não há trabalho a mais, nem passagens de perna. Todo o trabalho que houver para valorizar o trabalho e os direitos de quem trabalha, a sua dignidade e acabar com a precariedade é um passo em frente", concretizou.
A cabeça de lista do BE mostrou-se "muito agradecida" com este apoio porque "a defesa do trabalho com direitos é das lutas e das tarefas" que não se pode "deixar nem por um segundo, nem em Portugal, nem na União Europeia".
"Todas as forças que se juntarem são forças para caminhar no sentido certo", apelou.
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