A meio de uma visita à feira semanal de Viseu, logo pela manhã, Melo aproveitou para comentar a sondagem da RTP/Público, que dá ao CDS 8%, abaixo do Bloco, e para responder, uma vez mais, à frase de Paulo Rangel, candidato do PSD, que considerou “fútil” o voto que não seja nos sociais-democratas para derrotar o PS.

“Olhe, se ficar atrás é a vida. Não digo é que os votos foram fúteis. Todos os votos são bons”, afirmou aos jornalistas.

O CDS estabeleceu como objetivo do partido nas europeias igualar o resultado de 2009 - dois eurodeputados -, mas, a meio da campanha, Nuno Melo juntou uma nova fasquia, ficar em terceiro, à frente do BE e do PCP.

O cabeça de lista dos centristas às europeias disse que não transforma “sondagens em resultados” e faz as contas para dizer que, na prática, CDS, BE e PCP, tendo em conta a margem de erro da sondagem, estão em empate técnico, relativizando os resultados dos estudos de opinião.

“Não nos iludimos com sondagens”, acrescentou, embora admita ter ficado mais satisfeito com a tendência, “por perceber uma tendência positiva”, dado que o partido cresceu “dois pontos”.

A meio da feira, onde foi recebido com simpatia por feirante e clientes, e alguma dose de indiferença, Nuno Melo recordou que nas europeias de 2009 as sondagens também não davam nenhum eleito ao CDS e o partido elegeu dois eurodeputados.

“As sondagens é aqui que se realizam, falando com as pessoas e contando votos quando as urnas se abrem. E aí muitas surpresas acontecem. E eu acho que o CDS pode ser uma surpresa na noite eleitoral”, disse.

Um pais que "se mobilize por siglas e que vote só porque são as setinhas ou é a mãozinha", descreveu, "é um país que vê partidariamente como se a polítíca fosse futebol".

Nuno Melo disse que luta "todos os dias" para ter um resultado além dos 8% da sondagem e gostava que, além de Pedro Mota Soares, fossem para Estrasburgo os seguintes candidatos, Raquel Vaz Pinto e Vasco Weinberg.