"O manifesto do PPE é securitário, pretendendo montar uma guarda costeira equipada com drones. É uma espécie de polícia de choque contra refugiados e migrantes", disse o candidato socialista europeu, durante um encontro com estudantes universitários.
Na iniciativa, que decorreu na Universidade Nova de Lisboa, Pedro Marques frisou que o partido não cede "aos valores da direita radical" do partido europeu, a cuja família política pertencem o PSD e o CDS-PP, argumentando que o PS quer apenas "segurança" nas fronteiras.
"Temos uma visão solidária sobre a solução para a crise humanitária: cooperação efetiva com os estados membros que são mais afetados com as migrações e parceria com África", resumiu.
O debate, conduzido pela líder da Juventude Socialista, Maria Begonha, juntou perto de meia centena de estudantes universitários na esplanada de um bar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa.
Respondendo a um aluno que o questionou acerca do crescimento da extrema direita na Europa, Pedro Marques defendeu que esse crescimento está relacionado com a ausência de respostas dos governos aos problemas dos cidadãos.
"Os nacionalismos e a extrema direita crescem na justa medida em que os governos europeus não conseguem governar dando resposta às pessoas", justificou, sublinhando que Portugal tem a "sorte" de não acompanhar essa tendência.
Na opinião do cabeça de lista do PS às europeias, Portugal tem tido a "sorte" de não acompanhar a tendência de crescimento da extrema direita que se verifica noutros países europeus, graças, em parte, a uma "afirmação de mudança" conduzida pelo governo socialista.
"Se não tivéssemos conseguido afirmar a mudança a sério, aí podíamos começar a ganhar extremismos", argumentou o candidato, reiterando que é contra "a normalização da extrema direita".
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