Nas declarações políticas que hoje decorrem no plenário da Assembleia da República, em Lisboa, o PS, pela voz da deputada Margarida Marques - número quatro do partido na lista às eleições para o Parlamento Europeu de 26 de maio - escolheu as questões europeias como tema de intervenção.
"A União Europeia tem de estar ao serviço dos cidadãos. As eleições europeias são o bom momento para mudar a União Europeia e construir um projeto para o futuro", defendeu Margarida Marques.
Na opinião da deputada socialista é fundamental "não deixar ninguém para trás, não deixar para trás nenhum território", um objetivo que só é possível atingir "com um novo contrato social para a Europa".
Nos pedidos de esclarecimento, a primeira intervenção foi da deputada do PSD Inês Domingos, que acusou o PS de não contribuir "para uma boa informação sobre a União Europeia" e os seus candidatos europeus de tentar "passar notícias requentadas como se fossem novas".
"Como explica a propaganda que o PS tem feito sobre o próximo quadro comunitário de apoio. Porque insiste em fazer campanhas com elementos que não são verdade", questionou ainda a deputada social-democrata.
A linha das críticas foi seguida pelo CDS-PP, através de Pedro Mota Soares - que será o número dois na lista dos centristas às eleições europeias -, que começou por sublinhar que embora o mote do PS para esta declaração política tenha sido as próximas eleições europeias, passou "ao lado de temas que hoje são essenciais" para Portugal no quadro europeu.
Quer a proposta do próximo quadro comunitário - que é "francamente negativa para Portugal" - quer a execução do atual quadro são temas, que na opinião de Pedro Mota Soares, deviam preocupar Margarida Marques.
Uma vez que a intervenção do PS começou com citações de Mário Soares, o deputado centrista aproveitou para atacar os socialistas pela posição face a partidos da família europeia do PS "que estão a atacar o estado de direito" na Roménia e em Malta.
"É espantoso que não se tenha referido ao grande tema europeu que é o Brexit", criticou ainda.
Na resposta, Margarida Marques defendeu que, em relação à execução do quadro comunitário, "PSD e CDS deveriam antes pensar qual foi o quadro que negociaram e qual era o nível de execução quando deixaram o Governo".
"É importante destacar a capacidade que este Governo teve de negociar a reprogramação do quadro plurianual", enalteceu a socialista.
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